AlvesJ99
Junior Alves   Brazil
 
 
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O melhor da franquia, com algumas ressalvas

Sou um grande fã da franquia Metro. O primeiro que joguei foi o Last Light, há 5 anos atrás, depois, comprei outra cópia dele junto com o 2033 no bundle da versão Redux. A atmosfera dos jogos dessa franquia foi sempre o que mais me impressionou. A sensação claustrofóbica, tensão constante, aquele sentimento de que algo ruim vai acontecer a qualquer momento. E os gráficos... ah, aqueles gráficos do Last Light eram de tirar o fôlego, eram referência na geração passada, e não poderia ser diferente com o Exodus. Os dois jogos anteriores são lineares, faz sentido porque a maior parte deles se passa no metrô, assim como também faz sentido ter uma abordagem sandbox no Exodus, já que sairemos do metrô em busca de um novo lar. Só que essa nova abordagem trouxe consigo alguns problemas.

  • ENREDO E ATMOSFERA

    Foi onde mais se ganhou e ao mesmo tempo onde mais se perdeu em relação aos anteriores. A história melhorou, e melhorou muito. Uma das minhas críticas aos primeiros Metro é a falta de personagens relevantes. Dos dois primeiros jogos, só consigo lembrar, além da Anna e do Coronel Miller, do Khan, Pavel e do Ferreiro Andrew. Dessa vez temos novos personagens com histórias interessantíssimas. Começando pelo Sam, um americano que era segurança da embaixada americana em Moscou, se junta aos Rangers após ser salvo por eles de um grupo de bandidos. Damir, que luta ao lado de Artyom e Giul para libertar os escravos do barão. Giul tem uma história bastante triste, ainda sim é uma das poucas que luta contra a escravização do seu povo. Stepan, um Ranger que sempre está disposto a ajudar ao próximo, e por isso tem um destino diferente da maioria dos sobreviventes. Olga é uma das mulheres mais fortes de toda a franquia (ao lado da Anna e Giul), ela foi a voz da razão quando seu grupo estava prestes a se tornar um bando de assassinos. Krill, um garotinho bastante inteligente e o último sobrevivente de uma grande guerra que aconteceu na sua estação. Dois desses personagens serão tema das expansões que estão por vir (Krill e Sam), mal posso esperar pra saber como a história do Sam vai se desenrolar e o que aconteceu com o pai do Krill...
    Lembra daquela sensação claustrofóbica e tensão constante característica de Metro que eu falei? Pois é, isso tudo se foi, pelo menos na maior parte do game. Obviamente não é tão simples passar essa atmosfera pro jogador em um mundo aberto. Foi o preço que pagamos ao sair do subterrâneo. Ainda assim, acredito que tenha sido válida a decisão dos desenvolvedores, pois nos proporcionaram cenários incríveis. Como eu disse, a atmosfera clássica não está na maior parte do game, porém, no capítulo final, Metro volta a toda sua glória quando Artyom desce ao subterrâneo de Novosibirsk, outra cidade castigada pela radiação.
    Houve uma clara melhoria na narrativa também, o enredo é contado de forma simples e objetiva. Os diálogos estão mais profundos. Muito do que falei sobre os personagens descobri através dos próprios diálogos com eles, sem falar nas anotações de Artyom que estão muito mais completas. Há anotações sobre tudo: personagens, monstros, armas e lugares, todas elas bastante detalhadas, vale a pena dar uma conferida.
    Todo o enredo gira em torno de encontrar um novo lar, um local seguro e livre da radiação. O caminho não será fácil, sair do Metrô foi só o primeiro passo, e a jornada pode acabar custando muito.

  • GRÁFICOS E AMBIENTAÇÃO

    Metro sempre foi referência em gráficos. A primeira vez que joguei Metro Last Light, eu tinha um PC fraco, que mal conseguia segurar o jogo nas configurações mínimas, e mesmo assim o visual era de tirar o fôlego. Não poderia ser diferente com Metro Exodus: os gráficos levam a geração atual a outro nível, e o novo formato sandbox possibilitou cenários incríveis, que mais parecem obras de arte. Como sou um amante de screenshots, Metro Exodus e seus cenários foram um prato cheio pra mim, tanto que tirei mais de 100 screenshots só na primeira jogada. Veja aqui as screenshots.

  • JOGABILIDADE

    Não mudou muito. As novas mecânicas são bastante tímidas. Agora você pode coletar itens para craftar munições, kit médicos, lançáveis etc. Esse sistema de crafting poderia ter sido mais aprofundado, mas acredito que, infelizmente, os desenvolvedores não tiveram orçamento suficiente.
    E como Artyom sempre teve uma movimentação mais “limitada” (não é à toa, já que ele carrega muitos equipamentos), agora temos veículos para cada tipo de ambientação. Não há muito o que se falar, apenas que eles funcionam bem.
    O arsenal está bastante variado, acredito que seja o mais completo da franquia, e o sistema de personalização das armas em tempo real foi algo muito bem-vindo. É possível adaptar a sua arma à diferentes situações, seja para uma abordagem em stealth, seja para uma abordagem menos discreta, seja para um combate à longa distância, seja para combate CQB.

  • TRILHA SONORA

    Está melhor do que nunca. A trilha (Race Against Fate) que toca nos momentos finais (que também é tema da abertura do game) é totalmente inspiradora, vale a pena conferir.

O VEREDITO

Apesar de perder um pouco da sua “essência” ao sair do Metrô, Metro Exodus é um prato cheio para os fãs da franquia, mas como não mudou muito em termos de jogabilidade, quem não gostava de Metro, provavelmente continuará não gostando. É uma experiência incrível viajar pela Rússia ao lado dos antigos personagens, como Anna e Miller, mas também dos novos. Com a jogabilidade clássica e algumas novas mecânicas muito bem-vindas, visual incrível e ambientação de tirar o fôlego, Metro Exodus é quase tudo que os fãs esperavam, se não fosse pelos bugs e problemas técnicos da versão PC, seria um forte candidato a game do ano. Mesmo assim, se esse foi o último, acredito que a franquia teve um final digno da sua grandeza.

NOTA: 9/10 - RECOMENDADO
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