Um Undead. Uma Profecia. Lordran - O Reino de Deuses.

Joguei muito este game e com certeza continuarei jogando. De longe é meu jogo favorito e nenhum título recente ou não, conseguiu tirá-lo do topo da minha lista.

Não é mentira quando dizem que Dark Souls não é um jogo para qualquer um, e sim para poucos.
Começar um game sem nada em suas mãos além de uma espada quebrada, alguns trapos velhos no corpo e a força de vontade de lutar é algo que para muitos não compensa continuar.

Dark Souls é conhecido pela dificuldade, e agora, mesmo depois de inúmeras horas de jogo, ainda o considero difícil, onde mesmo já conhecendo um inimigo, ou uma luta, um deslize, um ataque na hora que deveria ter defendido traça a linha entre viver um pouco mais ou morrer.
Este fator, dificuldade, pode ser tanto um ponto positivo quanto negativo. Mas seja qual for, a verdade é que as mortes são unicamente culpa do jogador. Mas não existe satisfação melhor do que derrotar um inimigo que ao primeiro olhar parecia impossível. Não estou mentindo quando digo que derrotar um boss depois de 10 ou 20 mortes fará você querer pular de alegria e satisfação.
E esta vontade de querer continuar é o que prende os jogadores, é o que faz de Dark Souls tão único.

Mas não só de dificuldade se faz um jogo, mas também de história, narrativa.
Confesso-lhe que primeira vez que joguei, minha conclusão do jogo foi apenas que eu tinha que sair matando tudo quanto é boss que aparecia na minha frente, mas conforme jogava e conforme prestava atenção a detalhes antes "insignificantes", toda uma história surgiu diante dos meus olhos. Porém esta história não é contada como acontece em tantos outros jogos onde surge cutscenes a todo momento, não! Aqui a história acontece se o jogador permitir, ao interagir com os inúmeros NPC's do jogo, lendo descrições de uma variedade incrível de items, e prestando atenção ao próprio cenário, que, conforme jogamos, descobrimos o quão conectados eles são. Não existe uma área que não nos remete a outra, seja com seus atalhos, seja com a visão distante de outra área acima ou abaixo. Não tem quem não queira explorar cada canto de Lordran, um lugar imenso e maravilhoso, cheio de segredos e lugares únicos.

Dificuldade. História. Ótimo, mas como é jogar Dark Souls?
Há quem não goste, mas aos amantes deste jogo, este detalhe é mais uma coisa que torna Dark Souls único.
Você não é o bambambam do pedaço, e você não pode querer usar algo que está além da sua capacidade. Seus equipamentos e suas escolham influenciam diretamente na forma que você jogará. Querer ser um soldado vestido com armadura da cabeça aos pés e carregar uma enorme espada contigo tem suas penalidades/vantagens, da mesma forma que investir em movimentos ágeis tem seus pontos positivos/negativos tanto quanto.

Mas ainda está para nascer um jogo que só tenha pontos positivos, e Dark Souls não foge à regra.
Muitos criticam o port horrível que foi feito para PC, e eu sou um destes, onde via meus FPS cairem absurdamente em algumas áreas, e muitas vezes tinha que esperar horas para pode jogar com um amigo, porque o jogo decidia que não queria ter o online funcionando. Porém um jogo não precisa ser perfeito para se tornar favorito ou para ficar no topo da lista e este foi o caso comigo, seus pontos negativos estão anos-luz de tornar o jogo ruim, e no meio de lore, gameplay, uma trilha sonora fantástica, bosses e lugares épicos, eles são simplesmente esquecidos. E claro, a comunidade não ficou atrás e hoje é possível jogar sem os tantos problemas que antes existiam.

Prepare to Die and Praise the Sun!!

Nota 11/10