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17 people found this review helpful
12.2 hrs on record (5.9 hrs at review time)
Sempre que surge uma oportunidade, repito: "amor pelos videogames quem tem são somente os fãs, para as empresas são somente negócios".

Acontece que hoje em dia, com o avanço das ferramentas e a expansão do mercado independente, muitos fãs têm conseguido a oportunidade de se tornarem desenvolvedores, criando seus próprios jogos.

Quando tudo isso se alinha, o resultado é sempre um jogo feito com muito amor, de um jeito que os grandes estúdios raramente são capazes de igualar.

Super Woden GP 2 seguramente é um destes casos!

Um jogo claramente feito por alguém que é apaixonado por videogames, que passou muito tempo se divertindo e sonhando, até ter a oportunidade de dar vida às suas ideias.

Gosto muito de jogos de corrida e já encontrei ótimos títulos neste estilo, com visão isométrica, mas poso dizer que este é meu favorito com certa folga.

Quando joguei o primeiro título da franquia, fui fisgado logo de cara porque a organização dos menus lembra muito a de Gran Turismo.

Temos uma garagem, quantidade considerável de veículos (não licenciados, porém inspirados em modelos reais), e até mesmo a possibilidade de lavar o carro, trocar o óleo do motor.

Mesmo com todo este charme, felizmente era na jogabilidade que Super Woden GP mais brilhava!

Cada carro tinha suas próprias características e dirigibilidade, a câmera posicionada de maneira agradável, as pistas muito bem desenvolvidas.

E posso dizer que este segundo jogo manteve tudo que era bom, melhorando em todos os aspectos.

Inclusive os gráficos, que estão ainda mais bonitos.

Quando a demo deste jogo saiu no Festival Steam Next, passei quase 9 horas jogando!

Somente por aí já fiquei imaginando quantas horas de diversão a versão completa poderá me render.

O desenvolvedor segue se dedicando a aprimorar o jogo, e além de colocar um preço pra lá de justo aqui em nossa região, também trouxe os menus todos em Português do Brasil.

Super Woden GP 2 é uma recomendação fácil para fãs de corrida arcade.

Um jogo que oferece horas de diversão em potencial, com todo aquele amor dos jogos independentes.

Tudo isso trazido por um desenvolvedor que merece demais nosso apoio.
Posted November 21, 2023.
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38 people found this review helpful
1.2 hrs on record
Vergonhoso o que aconteceu com Skullgirls.

Um bom jogo, que teve sua história manchada para sempre.

Como se não bastasse o fan service ter virado uma espécie de crime nos jogos recentes, agora vão começar a revisar jogos antigos.

Nesse caso ainda existem dois agravantes: o primeiro é que o jogo era literalmente focado em fan service, o segundo é que jogadores pagaram por esse tipo de conteúdo, e ele foi tomado dessas pessoas.

Isso é péssimo para a liberdade criativa (que é fundamental nos videogames) e também faz a mídia digital perder a credibilidade.

Já faz tempo que a mídia digital perdeu a vantagem de ser bem mais barata, e este acontecimento mostrou que agora ela ainda tem a ENORME desvantagem de poder ser controlada a este nível.

Isso tudo me deixou pensativo, a ponto de considerar voltar para os jogos em mídia física.

Se algo assim aconteceu com uma coisa boba como fan service, significa que estamos sujeitos a coisas muito piores num futuro próximo.

Não recomendo que compre ou apoie este jogo.

Deixe ele afundar, até ser completamente esquecido.

Fico triste em dizer isso, mas neste caso infelizmente o desprezo é merecido.
Posted July 4, 2023.
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1 person found this review helpful
5.1 hrs on record
Ei, você que era uma criança nos anos 80/90.

Tenho uma informação muito importante!

Você se lembra de um álbum de figurinhas chamado Gang do Lixo?

Pois saiba que esse é nada menos que o jogo com os lendários personagens daquele álbum!

O álbum fez muito sucesso na época e assim como eu, muita gente jamais suspeitou que o nome original daquela coleção era Garbage Pail Kids.

Lá nos Estados Unidos eles fizeram um sucesso maior ainda, surgiram como uma coleção de cards e depois ganharam até mesmo um filme, mas nunca tiveram um jogo de videogames.

Talvez por esse motivo os desenvolvedores tenham trazido um jogo totalmente novo, mas no legítimo estilo 8 bits.

Controlamos 4 personagens numa viagem pelo tempo, em busca de ingredientes muito peculiares.

São eles: Mad Mike (que no álbum era conhecido como Antunes Capelar), Leaky Lindsay (Boneca Meleca), Patty Putty (Carlinhos Careta) e Luke Puke (que não constava no álbum).

O jogo segue a clássica fórmula de plataformas, com a diferença que podemos alternar entre esses personagens a qualquer momento.

Cada um deles possui seu próprio "poder", algo que confere uma profundidade muito interessante, principalmente num jogo com estilo retrô.

Existem ainda diversas mecânicas pra dar um tempero a mais e até mesmo alguns extras, como a possibilidade de colecionar e trocar cards com outros personagens.

No fim, Garbage Pail Kids entrega muito mais do que eu poderia esperar, indo muito além de um jogo de plataforma padrão.

Apesar de levar o estilo clássico ao pé da letra, a jogabilidade é muito boa e precisa, não tive nenhum problema.

Fique tranquilo, ao contrário dos jogos clássicos em cartuchos, aqui existe a opção de salvar as partidas.

É importante destacar que quando digo que este é um legítimo jogo de 8 bits, não é nenhum exagero.

No momento em que escrevo essa análise, está rolando a pré-venda de uma edição física limitadíssima no site da distribuidora iam8bit.

Essa edição terá um cartucho de Nintendinho que funcionará de verdade no console clássico!

Em resumo, se você busca uma autêntica experiência clássica, Garbage Pail Kids é obrigatório.

E se você for fã desses personagens é mais obrigatório ainda!

Os diálogos são ótimos e trazem aquele mesmo tipo de humor do álbum.

Foi uma surpresa maravilhosa ver aqueles personagens que marcaram minha infância ganhando vida aqui nesse jogo.

Ainda mais porque eu pensei que nunca mais os veria em nenhum outro lugar, muito menos aqui!

Se você colecionou as figurinhas, aposto que também se lembra de muitos daqueles personagens até hoje.

Pra fechar com chave de ouro, o jogo traz extras excelentes!

O meu favorito é a galeria, que traz as imagens originais das figurinhas, lado a lado com suas respectivas versões em 8 bits.

Me diverti e ainda continuo me divertindo com Garbage Pail Kids, descobri-lo foi uma das maiores alegrias que tive esse ano!

Claramente é um produto desenvolvido com muito carinho para os fãs, não é um daqueles jogos feitos somente para tirar proveito da nostalgia.

É uma recomendação fácil!

OBS: Em nome da transparência, informo que recebi a chave para que pudesse analisar o jogo, mas isso não afetou em nada minha opinião.
Posted January 30, 2023.
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7 people found this review helpful
6.5 hrs on record (6.5 hrs at review time)
O que Shinobi e um vilão que é sósia do Freddie Mercury têm em comum?

A resposta é: TUDO!

Serei bem direto: se você gosta de Shinobi, especialmente de Shadow Dancer, pode comemorar!

Foram anos rejogando os clássicos, lamentando por nunca mais ter encontrado outros jogos nesse estilo.

E felizmente Shadow Gangs é basicamente isso, um jogo que pega a fórmula clássica de Shinobi, criando algo novo (e de qualidade) em cima dela.

E aqui é que está uma das coisas mais legais de Shadow Gangs: ele conseguiu criar algo novo em cima de um clássico, ao mesmo tempo em que passa longe de ser apenas uma cópia barata.

Os desenvolvedores reuniram tudo o que de melhor havia na franquia Shinobi, deram um toque pessoal e ainda rechearam o jogo com as referências dos anos 80 e 90.

Encontraremos cenários e inimigos que poderiam facilmente ter saído de um filme dessa época.

Os controles são precisos e bem ajustados, os gráficos estilosos e as animações muito bem feitas.

As músicas são excelentes e fazem um ótimo trabalho na criação desse clima de jogo clássico.

Como era de se esperar, a dificuldade é acima do padrão que encontramos nos jogos atuais.

Mas o jogo faz um ótimo trabalho nesse aspecto e ao mesmo tempo em que aplica soluções modernas de qualidade de vida, não desaponta quem busca uma experiência mais tradicional.

Por exemplo, temos a opção de ir desbloqueando cada uma das fases, mas quem quiser encarar o desafio de terminar o jogo de uma vez só, como fazíamos nos clássicos, também encontrará essa opção.

Shadow Gangs é um jogo simples, direto e divertido, do jeito que tem que ser.

Posso dizer que depois de muito tempo buscando um "novo jogo estilo Shinobi", encontrei!

Como curiosidade, esse jogo recebeu uma versão para Dreamcast em pleno ano de 2022!

Honestamente o único ponto que desfavorece o jogo é o preço aqui em nossa região.

É a única explicação que encontrei para este jogo ainda não ter recebido todo o amor que merece aqui no Brasil.

Mas se você também adora jogos clássicos e busca a experiência de jogar um jogo novo ao estilo clássico, bem polido e com qualidade excelente, vale a pena considerar o investimento.

É muito legal observar como existe muito amor e dedicação em cada aspecto desse jogo.

Me diverti do começo ao fim e continuarei me divertindo mesmo após ter finalizado o jogo.

* A chave foi gentilmente cedida pelo desenvolvedor para eu pudesse fazer esta análise, mas isso não interferiu de maneira alguma em minha opinião.
Posted September 5, 2022.
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70 people found this review helpful
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16.6 hrs on record (16.6 hrs at review time)
Anno: Mutationem é uma daquelas pérolas que somente a indústria dos jogos independentes é capaz de conceber.

A primeira coisa que chama a atenção é a combinação incrivelmente bem feita de gráficos em 2D e 3D.
Ao embarcar neste mundo, a beleza dos gráficos e a riqueza de detalhes vai continuar nos impressionando.

Poucas vezes vi um jogo com uma ambientação tão bem feita.
Algo que vai desde os cenários, passando pelas músicas, indo pelos personagens bem escritos e bem dublados, até um nível de detalhamento que não costumamos ver nem mesmo em muitos jogos Triple A.

Além da combinação ousada na parte gráfica, este jogo traz uma mistura ainda mais ousada no setor de mecânicas.
É basicamente dividido em duas partes que se intercalam o tempo todo:
1- a parte de exploração, onde nossa personagem não pula e não golpeia, simplesmente anda pelos cenários, com movimentação em 3D.
É também onde veremos alguns dos locais mais impressionantes do jogo.

2- a parte de combate e plataforma, onde a câmera fica "travada" em 2D e combatemos os inimigos, passamos por trechos de plataformas.

Em meio a tudo isso temos mecânicas de evolução de personagem e até mesmo de crafting.

Diante de um projeto tão ambicioso, é perceptível que muitas das pessoas avaliaram o jogo negativamente por não terem suas expectativas correspondidas.
E sou capaz de apostar que isso ocorre não porque o jogo é ruim, mas sim porque mistura tantas coisas que fica mesmo difícil saber o que esperar dele.
Principalmente se for nas duas horas iniciais (tempo limite de reembolso), que não são suficientes para tirar nenhum tipo de conclusão.

Também não dá para culpar essas pessoas, porque fica difícil olhar os trailers e não jogar a expectativa lá pro alto.

Sim, o jogo tem falhas e arestas não aparadas, a qualidade oscila em alguns momentos.
O sistema de combate demora para engrenar, não é inovador e tem uma progressão esquisita.

Mas ainda que alguns detalhes arranhem a qualidade final, nenhuma das falhas chega a arruinar o jogo.
Sem dúvidas as qualidades sobrepõe com sobras todos os problemas.

Temos uma boa história, personagens bem escritos e dublados, um mundo cativante, um combate que tem sim momentos divertidos.
Mas no fim acho que o melhor mesmo é o conjunto de tudo isso.
Essa mistura de ANNO: Mutationem é única e quem der uma chance para o jogo mostrar o que tem de melhor, dificilmente irá se decepcionar.

Dois detalhes para alinhar algumas expectativas:
1- O mundo é legal, mas não é um mundo enorme e totalmente aberto.
As áreas do jogo são separadas e representadas num mapa que serve de hub, por onde percorremos usando nosso carro ou um teletransporte em áreas específicas.
2- Também é importante dizer que o carro está aqui somente para simbolizar o deslocamento, não o controlamos.

A história é muito interessante e você conseguirá desfrutar dela só jogando o jogo.
Mas para se aprofundar de verdade nos acontecimentos, você precisará dedicar algum tempo para ler os arquivos espalhados, algo parecido com o que acontece no Resident Evil clássico.

A duração do jogo é boa, no momento em que escrevo essa análise terminei o jogo de uma forma que curti ele sem pressa, levei pouco mais de 16 horas.
Não cheguei a fazer todas as missões secundárias ainda, mas explorei bem o jogo, os arquivos e tudo o mais.

As missões secundárias não são numerosas, todas as que fiz até agora foram interessantes e bem escritas.
Alguns dos momentos mais memoráveis e engraçados estão nelas.

Para quem é complecionista, após terminar o jogo é possível retornar ao mundo para limpar tudo o que ficou para trás.

No fim das contas gostei muito deste jogo, realmente não consigo me lembrar de nada que eu já tenha jogado e seja parecido com ele.
Tanto pelo mundo que é bem diferente, quanto pela mistura de elementos.

Recomendo para quem quiser jogar algo diferente, com a mente aberta.
Também para quem gosta da temática Cyberpunk e de animes.


* A chave foi gentilmente cedida pelo desenvolvedor para eu pudesse fazer esta análise, mas isso não interferiu de maneira alguma em minha opinião.
Posted March 26, 2022.
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19 people found this review helpful
1 person found this review funny
14.6 hrs on record (10.9 hrs at review time)
É como dizem os antigos: bom senso, cautela e bons jogos de plataforma nunca são demais.
Brincadeira, eles não dizem isso, mas quando eu for mais velho com certeza direi.

Outra coisa que eu sempre digo é que admiro muito desenvolvedores que não se conformam apenas em escolher uma fórmula muito utilizada, para simplesmente criarem seus próprios jogos seguindo a cartilha.
Sim, seguir a cartilha pode resultar em ótimos jogos e não tira o mérito do desenvolvedor.

Porém quando o desenvolvedor além de seguir a cartilha cria algo, adiciona um toque pessoal ou uma variação a essa fórmula consolidada, as coisas tomam outra proporção.
Este é o caso de Grapple Dog com a fórmula dos jogos de plataforma.

Em sua base é um jogo de plataforma extremamente competente e bem desenvolvido, mas a mecânica do gancho com corda resulta numa experiência realmente única.
Outra decisão de design que dá um toque único é a movimentação do personagem.
Ela é levemente cadenciada, para que o jogador tenha um tempo maior de resposta, se sentindo mais confiante para encadear movimentos.

Este sutil detalhe possibilita uma gameplay muito mais fluida.
Além de tornar o jogo ainda mais bonito de se ver, até mesmo se outra pessoa estiver jogando.

Falando em beleza, a pixel art deste jogo também é linda.
É uma espécie de mistura entre a pixel art clássica e desenho animado.
Mais impressionante ainda é que a animação destes gráficos também é excelente.

A história também é boa e apesar de ser simples, faz muito mais do que apenas ser um pano de fundo.
É contada através de cutscenes bem roteirizadas e consegue nos deixar curiosos, querendo saber como tudo vai terminar, além de ajudar a construir muito bem os personagens principais.
Apesar de envolver o risco iminente de destruição do universo, a história mantém um tom leve e humorístico, como todo bom desenho animado.

Mas não se engane, apesar de ser bonito e alegre, Grapple Dog é bastante desafiador.
Você começa tranquilo, mas até o final do jogo nossas habilidades serão testadas ao limite.

Porém isso é extremamente positivo, porque o ritmo de jogo e a curva de dificuldade são excelentes: a maneira como o jogo introduz novos elementos é bastante tranquila, dando tempo para que o jogador domine tudo e se torne um ninja sem perceber, simplesmente com o desenrolar natural das fases.

Os chefões também ajudam muito neste papel.
Fazia tempo que não via chefes de fases tão bem elaborados: além de serem criativos também colocam à prova tudo o que aprendemos até aquele ponto do jogo.

O desenvolvedor não esqueceu de incluir algumas ótimas opções de acessibilidade.
Podemos ativar pulos infinitos ou barra de vida infinita.
Existe até mesmo uma opção para manter o cenário de fundo estático, sem o efeito paralax, algo muito útil também para quem sofre com episódios mais severos de cinetose.

São opções que realmente tornam um jogo como este, que tende a ser difícil por natureza, mais acessível a todos.
Desde crianças, pessoas que não estão acostumadas a jogar videogames, pessoas com algum tipo de deficiência ou dificuldade motora.
Até mesmo para alguém que eventualmente queira desfrutar do jogo de uma maneira diferente e mais relaxada.
Ativando estas opções, ainda que o jogo se torne mais fácil, não impedirá o jogador de desbloquear achievements.
Isso gerou uma polêmica entre os mais puristas, mas pessoalmente achei excelente, uma vez que é totalmente opcional e quem quiser pode jogar da maneira tradicional.

Grapple Dog tem uma boa quantidade de fases, todas muito bem concebidas.
Existem vários coletáveis em cada uma das fases, que são importantes para o desenrolar do jogo.
Felizmente explorar as fases é uma das coisas mais divertidas do jogo.

A duração do jogo é muito boa:
- Terminar a história principal é desafiador e levará bastante tempo;
- Coletar todos os itens (caso queira buscar os 100%) será um desafio ainda maior;
- A cada fase finalizada é liberado o Time Attack da mesma. Completar os tempos de ouro em cada uma dessas fases poderá estender ainda mais o tempo de jogo.

Acompanhei Grapple Dog por um bom tempo e fiquei encantado quando tive a oportunidade de tesar a versão de demonstração no festival "Steam Next" do ano passado.

É uma alegria ver que o jogo finalizado correspondeu e até superou as expectativas.
Definitivamente foi um jogo desenvolvido com muito amor, com muitas horas de trabalho e dedicação, resultando em um jogo único e extremamente bem polido.

É uma recomendação fácil, um jogo incrível que tem muito a oferecer, por um preço extremamente atrativo.
Imperdível para os fãs de jogos clássicos, fãs de plataforma e para quem valoriza a preservação dos videogames em sua essência.


* A chave foi gentilmente cedida para uma análise de pré-lançamento, mas isso não interferiu em nada na recomendação.
Realmente gostei do jogo, recomendo fortemente.
Posted February 11, 2022. Last edited November 22, 2022.
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20 people found this review helpful
2.8 hrs on record (0.8 hrs at review time)
Pouca gente lembra, mas Stubbs The Zombie foi um jogo de grande destaque no primeiro Xbox.

Stubbs trazia mecânicas criativas, em uma variedade rara para os jogos da época.
O mais espantoso ainda é que todas funcionavam muito bem.

Temos, por exemplo, a mecânica de controle de veículos, algo que jamais esperávamos ver em um jogo de zumbis.
Outras eram ainda mais impressionantes, praticamente minigames em tempo real: quando acionadas, tiravam a câmera de jogo do personagem principal e colocavam em partes do corpo que poderiam ser controladas, depois de arremessadas.

É o que acontece quando atiramos a cabeça de Stubbs e então podemos guiá-la como se fosse uma bola de boliche.
Ou com sua mão, que possui o poder de dominar inimigos, permitindo que o jogador controle esse inimigo dominado.
Esta variedade de mecânicas conferia profundidade ao jogo, permitindo que o jogador resolvesse um mesmo cenário de formas diferentes.

Você pode passar por um cenário batendo e fugindo dos inimigos, ou se esconder em um canto, atirar sua mão e dominar aquele sniper que está enchendo o saco.
Controlando o atirador, utilizar sua arma para neutralizar os inimigos mais difíceis do cenário, tornando o caminho muito mais tranquilo.
Acredite, esse tipo de possibilidade era algo bastante avançado para a época.

Outra característica incomum é que Stubbs na verdade é um vilão.
Temos que andar pelos cenários transformando as pessoas comuns em zumbis.

A história também é divertida, puxando muito mais para o lado do humor, conferindo carisma ao personagem.
Tudo é desenvolvido com uma ambientação de época, meio anos 60, na intenção de realmente transmitir um clima de filme.

Prova disso é que pela primeira e única vez no mundo dos games, vi um jogo receber um álbum de trilha sonora no melhor estilo dos filmes.
Alguém lembra quando os filmes chegavam ao cinema, ao mesmo tempo em que um CD com a trilha sonora cheia de músicas das bandas do momento chegava às lojas?
Foi exatamente o que aconteceu aqui e uma das coisas que mais me impressionaram quando vi o jogo.

A trilha sonora ajudava a compor o clima de época que mencionei acima, trazendo músicas antigas em versões originais e renovadas, executadas por bandas mais recentes.
Tudo isso foi colocado num álbum, com capa própria e tudo, para dar aquele toque especial na promoção do jogo.
Se alguém tiver curiosidade, este mesmo álbum que é vendido aqui como DLC, pode ser encontrado oficialmente no Spotify.

Com tudo isso, é de se imaginar que o valor de produção foi considerável para a época.
O jogo foi muito bem avaliado pela crítica e pelos jogadores, ainda que eu não saiba se conseguiu trazer o retorno esperado.
Infelizmente, mesmo após conquistar uma boa quantidade de fãs acabou caindo no esquecimento: houve algum rolo com aquisição de empresas que fez com que esta propriedade intelectual ficasse parada no tempo, inacessível.

Felizmente, mesmo após muitos anos, Stubbs foi trazido de volta, em uma versão melhorada.
Os jogos evoluíram e naturalmente algumas coisas que eram impressionantes na época do lançamento, hoje são comuns.

Stubbs merecia uma versão com o nível de qualidade visto em Destroy All Humans, mas dá para dizer que o jogo envelheceu razoavelmente bem e continua sendo muito divertido. Poder finalmente jogar esta pérola é uma alegria.

Por mais que seja simples, a mecânica principal de atacar e morder inimigos, criando sua própria horda de zumbis ainda é algo bom e original o suficiente para prender o jogador até o fim.

Eu não consegui jogar na época porque não tinha um Xbox e também não tinha acesso à versão original de PC, que já havia saído de circulação.
Tudo o que consegui foi emprestar uma versão duvidosa de um amigo, a qual me deu o gostinho de jogar somente o começo, pois parou de funcionar.
Alguns bugs quebravam o jogo e como o mesmo já não era suportado por sua desenvolvedora, foi impossível continuar.

Felizmente, depois de tanto tempo consegui resolver esta pendência: terminei o jogo assim que ele saiu grátis na Epic.
Mas pelo enorme carinho que tenho por esse jogo e por tudo o que ele representa, adquiri aqui ele aqui na Steam.
Para terminar novamente, para ter o conjunto artbook/trilha sonora e também para apoiar o jogo.
Quem sabe um dia receba uma continuação ou um remake.

Recomendo muito para quem quer jogar algo que foge dos padrões atuais e para quem valoriza jogos clássicos.
Ou mesmo para os fãs de Xbox, pois aqui certamente está um fragmento da história do console.
Posted February 2, 2022.
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7 people found this review helpful
13.6 hrs on record (12.7 hrs at review time)
Essa é a história de um homem que foi preso por um crime que não cometeu.

Temos aqui uma homenagem aos jogos clássicos da série Metal Gear, com um toque de humor que me acertou em cheio.

Mas não se engane, ainda que aparente ser uma cópia de Metal Gear, o jogo tem seu próprio estilo.
Unmetal é um exemplo de como manter um ótimo ritmo.
Por trás dos gráficos e da jogabilidade simples existe muita criatividade e cada parte do jogo traz algo diferente.

A cada trecho encontramos um desafio diferente, uma mecânica nova ou algo que aguça a nossa curiosidade.
Sem dúvidas este é o maior trunfo de Unmetal, algo que possibilita entregar uma experiência diferente, mesmo usando mecânicas já conhecidas a muito tempo.

Tudo isso com uma excelente história rolando ao fundo, cheia de reviravoltas e personagens interessantes.

Importante destacar que a jogabilidade é simples, mas o jogo faz tudo certo, tudo funciona muito bem e é muito bom controlar nosso personagem.

Sei que é difícil acreditar, mas nenhum jogo lançado em 2021 me divertiu ou encantou mais do que Unmetal.
Nem mesmo os jogos cinematográficos, com suas verbas praticamente infinitas de marketing.

Se você gosta desse estilo de jogo ou pelo menos o visual te deixou curioso, recomendo fortemente que teste a demonstração.
Esta demo é mais para sentir os controles e caso goste dela, pode ir fundo que o jogo só melhora.

Unmetal é feito pelo mesmo criador de Ghost 1.0 e Unepic, dois jogos que também são incríveis e que aparecem frequentemente em promoções imperdíveis, algo que por si só já atesta sua qualidade.

Não consegui largar o jogo até terminar e certamente o revisitarei, já está entre meus jogos inesquecíveis.
Sem dúvidas um dos maiores exemplos de como os jogos independentes têm sido um verdadeiro refúgio para quem já está de saco cheio de jogos caros e genéricos.

Aqueles que são despejados aos montes, cheios de matérias especializadas tentando te convencer que é uma boa ideia investir 350 pratas neles.

Unmetal é uma das recomendação mais fáceis dos últimos tempos.
Uma verdadeira pérola!
Posted December 24, 2021. Last edited December 27, 2021.
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3 people found this review helpful
7.1 hrs on record
É uma pena que jogos como Mayhem in Single Valley não sejam tão conhecidos quanto merecem.

E que muitas vezes sejam desprezados por não terem 100+ horas de gameplay, ainda que a campanha principal seja concisa e ofereça uma experiência incrível.

Temos aqui um jogo de aventura e puzzle, com ótimos trechos do clássico estilo de plataforma.

O primeiro detalhe que me chamou a atenção foi o visual incrível, que mistura gráficos 2D com ambientes 3D.
Além de ser uma combinação pouco comum, causam um efeito legal sobre as mecânicas do jogo, mais precisamente na noção de profundidade e distância dos cenários em 3D.

No mais tudo transpira nostalgia e um carinho que somente os jogos independentes conseguem nos oferecer.

Temos aqui uma trilha sonora sensacional, e ao longo do jogo vamos coletando fitas com novas músicas.
No menu de inventário temos um toca-fitas onde podemos trocar a música a qualquer momento, escolhendo entre as que já coletamos.

Gostei muito da interação com os objetos, funciona muito bem e é muito satisfatória.
Passamos boa parte do jogo arrastando e arremessando objetos. É muito legal ver como estes interagem entre si.

A história tem o melhor estilo sessão da tarde, onde de maneira súbita o destino do mundo e da humanidade fica nas mãos de um ou mais jovens.
E fechando com chave de ouro, os controles são muito bons.

No entanto, com tudo isso trabalhando em conjunto, o que mais me encantou neste jogo foi a jornada.
Aquela aventura clássica de começar em um ponto da cidade e ir passando por lugares que você nem imaginava.

É realmente um jogo cheio de personalidade, que tem "alma" e que caso você goste, vai se lembrar para sempre dele.

Depois de terminar o jogo, não existe muito mais o que ser feito além de rejogar em busca dos colecionáveis e das conquistas.

Mas pode apostar, ainda que a jornada seja única, este título traz uma experiência que vale a pena.

Um dos melhores jogos que joguei este ano, fiquei realmente encantado e não consegui largar até terminar!
Posted November 24, 2021.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
5 people found this review helpful
4.3 hrs on record
Super Hiking League DX é uma ótima surpresa para os fãs de jogos de plataforma

Traz as mecânicas tradicionais do estilo, mas substitui a rolagem de tela lateral pela rolagem vertical, adicionando também uma divertida mecânica de corda elástica.

Tudo isso com controles muito bem ajustados, belos gráficos cheios de personalidade e uma trila sonora deliciosa.

Para complementar, temos um ótimo nível de desafio e uma excelente quantidade de fases.

Entre a campanha principal, as fases extras e o multiplayer local, existe uma quantidade enorme de diversão a ser obtida por aqui. Principalmente se considerarmos o preço.

Foi um dos jogos que não consegui largar até finalizar a campanha principal, uma das melhores surpresas que tive neste ano.

Me transportou diretamente para uma época muito feliz de minha vida, onde tudo era mais simples e autêntico, inclusive nos videogames.
Posted October 13, 2021.
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