Recent reviews by vel0sin

OH. MEU. DEUS. Que experiência foi essa??? Antes de qualquer coisa, já deixarei avisado, eu irei me esforçar ao máximo para não dar spoilers, mas não posso garantir nada, este jogo PRECISA que você jogue sem saber de nada, vai por mim. Ok, com isso fora do caminho, podemos falar de Inscryption.
Eu entrei no jogo sem saber de nada, apenas que tinha ganhado uns prêmios por aí e que era bem elogiado, joguei por poucas horas no computador da minha namorada e fiquei impressionado com a qualidade do começo, que decidi comprar esses dias para ter a experiência completa, e caramba, como valeu a pena.
Inscryption pega um conceito básico de qualquer história, que é seguir uma narrativa linear, e subverte esse conceito de maneiras impressionantes, quando você pensa que o jogo já deu o que tinha que dar, vem a próxima subversão e puxa seu tapete de uma forma elegante, mudando tudo que tinha oferecido e te forçando a mudar junto, quer você queira ou não.
Eu não sou fã de jogos de cartas e muito menos conhecia o Daniel Mullins - criador do jogo -, mas Inscryption me fez adorar seu sistema de batalha e me fez ter curiosidade e vontade de ir atrás dos outros projetos dele, vou ficar de olho no que este homem fazer no futuro, com certeza. Ele consegue te fazer ficar preso cada segundo na história que está contando, usa e abusa de conhecimentos tecnológicos para trazer uma diversão como nenhuma outra, é aquele tipo de jogo que te faz ansioso para querer voltar pra ele e concluí-lo; Entretanto, não pense que Mullins parou por aí, apenas no jogo. Não não não, ele vai ainda MAIS além e te apresenta uma história fora do jogo. Sim, fora do jogo. O que quero dizer com isso? Bom, não quero dar muitos detalhes mas o que posso dizer é que Inscryption tem duas histórias simultâneas, que paralelamente se comunicam, o que podia dar muito errado, mas a brilhante capacidade de Mullins em contar as histórias fez com que nenhuma das duas superasse ou ficasse atrás da outra, ambas são muito interessantes e valem a pena uma revisita depois.
Tenho que ser sincero, eu tentei achar algo negativo sobre o jogo e na minha percepção, nada ficou negativo, este jogo tem tudo perfeito, irei ser breve, mas preciso destacar muitos pontos positivos, como a trilha sonora sempre combinando com o que está na tela, a ambientação perfeita de cada parte do jogo, os personagens ultra interessantes, cada um com sua particularidade, os gráficos muito fluidos e bem trabalhados, o design de todo o jogo é um dos melhores de qualquer jogo indie, os sons agradáveis de serem ouvidos, o jeito que o jogo te manipula a fazer o que ele quer e você nem percebe, tudo está devidamente alinhado para garantir uma experiência deveras interessante e muito bem orquestrada.
Eu amei Inscryption, se tornou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos e merece muito cada elogio e glamour que recebe.

Bom, minha praia é fazer reviews de filmes/séries, irei tentar fazer o mesmo com jogos, só não sei se farei após ter aproveitado uma boa parte ou só quando platinar, mas enfim.
Blasphemous foi uma bela surpresa para mim, eu não sabia o que esperar quando comprei e fiquei abismado com o nível de qualidade. Qualquer um que já jogou um Souls ou um metroidvania no geral consegue perceber a inspiração em vários setores: História, jogabilidade, personagens, melhorias, design de mundo, tudo é uma inspiração bem clara, mas nunca uma cópia, o jogo apenas pega o conceito e deixa da sua forma.
Pontos positivos incríveis é a curva de dificuldade do jogo. Eu gosto de desafios em jogos, e metroidvania aos poucos está se tornando meu gênero favorito (agradeço ao Hollow Knight), então a curva de dificuldade é algo frequente neste gênero. Blasphemous não sobra neste aspecto, desde o começo já vai dando uma dificuldade e só vai aumentando conforme o jogo vai avançando e você vai ficando mais poderoso devido as melhorias, em específico, teve uma área do jogo que eu sofri pra passar pela primeira vez devido a dificuldade absurdamente alta na área, boa sorte pra quem chegar lá kkkkk;
Outro ponto que adorei em Blasphemous é a história, com muita coisa religiosa e um worldbuilding absurdo de interessante, é quase impossível não ficar investido nesse mundo de monstros, anjos e cavaleiros. Cada coisa que você pega tem uma explicação que acrescenta na história do mundo, cada NPC te dá uma ponta de informação que você precisa juntar para conhecer toda a história daquele lugar, é algo super interessante, mas que pode ser passado direto que o jogador não irá perder nada, já que não influencia diretamente no caminho do jogo.
Todavia, uma coisa que não gostei muito em Blasphemous é a penitência (viu o que fiz aí? ;) ) que o jogo dá no New Game+. É algo lógico, já que quem volta no NG+ são jogadores que já estão familiarizados e treinados para o ambiente hostil que o jogo entrega, mas a punição é alta até demais, coisa que começa a ficar irritante com o tempo. Dependendo de qual inimigo for, ele pode te matar com literalmente um golpe, mesmo você estando com a vida cheia, isso te obriga a jogar com máxima paciência e cuidado possível, pois se você morrer, terá que voltar todo o caminho novamente tomando todo o cuidado de novo, e de novo, e de novo...
Enfim, por mais que Blasphemous seja um jogo com dificuldade acima do elevado em certos pontos, não tira o fato dele ser um jogo com uma história interessante, uma jogabilidade incrível, variações de inimigos, locais e melhorias abismantes e um final bem triste (pra quem conseguir acompanhar a história bem complexa).

Uma obra de arte.

Hollow Knight é uma mistura perfeita: Exploração não-entendiante, música memorável, chefes balanceados, personagens cativantes, história complexa, protagonista na medida certa e por final, um final perfeito (não importa qual seja) para o jogo.
Consegue facilmente prender o jogador que procura uma boa aventura e muitas horas de diversão. As habilidades, os colecionáveis e os equipamentos, além de serem ligados com a história, ajuda o jogador a querer continuar jogando mais e mais até alcançar a habilidade total do protagonista.
Os diferentes estilos de jogo são muito eficientes e muito desafiadores, variando de um simples parkour até um complexo boss rush.
A medida que o jogador continua sabendo mais e mais da história do jogo, ele acaba se aprofundando no universo, fazendo escolhas que moldam o futuro de personagens e mudando a vida de outros.
O ''New Game+'', além de alterar algumas coisas na jogatina, deixa uma preocupação imensa no jogador, que conseguirá passar dependendo de quanto esforço ele fez na sua primeira play.
Hollow Knight é um exemplo perfeito de como fazer um bom jogo com uma arte linda e uma história coesa digna de leituras, e vale muito a pena sua espera para a sequência.