Brother Cavil:
– Em todas as suas viagens, você já viu uma supernova?

Ellen Tigh:
– Não.

Brother Cavil:
– Bem, eu já. Eu vi uma estrela explodir e expelir os blocos de construção do universo. Outras estrelas, outros planetas, e eventualmente, outras vidas. Uma supernova. A criação por ela mesma. Eu estava lá. Eu queria ter podido vê-lo. E me tornar parte do momento. E você sabe como eu observei um dos mais gloriosos eventos do universo? Com essas ridículas órbitas gelatinosas em minha cabeça. Com olhos designados para captar só uma pequena fração... do espectro eletromagnético. Com ouvidos designados só a escutar as vibrações do ar.

Ellen Tigh:
– Os cinco de nós designaram vocês para serem tão humanos quanto possível.

Brother Cavil:
– Eu não quero ser humano! Eu quero enxergar raios gama. Eu quero ouvir raios X. E eu quero sentir o cheiro da matéria escura. Você vê... o absurdo que eu sou? Eu nem mesmo posso expressar essas coisas de uma forma apropriada porque tenho que... tenho que conceituar ideias complexas com essa estúpida limitação linguística. Mas eu quero alcançar muitas coisas, além do que essas mãos podem tocar. E quero sentir o vento solar de uma supernova em mim. Eu sou uma máquina. Minha capacidade de conhecer coisas é ilimitada. Eu posso experimentar muito mais. Mas estou preso nesse corpo absurdo.