Welwitschia
André   Natal, Rio Grande do Norte, Brazil
 
 
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Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition
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Vou começar a resenha respondendo a pergunta que muitos se fazem sobre este jogo, e que também os leva a ler análises da Steam: vale os 200 reais? E eu lhes digo: vale mais do que muito jogo no qual paguei 300. Se fosse 500 reais, ainda valeria muito. Abaixo os motivos:

Baldur's Gate 3 conseguiu fazer comigo o que nenhum outro conseguiu: me deixar completamente desinteressado em outros jogos por 3 meses inteiros. Ele também conseguiu fazer eu completar uma platina, coisa que raramente faço em jogos longos. Mas por quê? Simplesmente porque cada conquista é significativa e significa uma nova forma de encarar o jogo, de enriquecer sua experiência. Depois de zerar duas vezes pela pura e simples experiência do jogo, na terceira vez decidi pegar conquistas, e foi bastante recompensador.

A experiência de jogar Baldur's Gate 3 se iguala ao de um RPG de mesa, mas sem um mestre. Se você jogar com amigos, é realmente como uma campanha de RPG, e como tal, é necessário ter um grupo equilibrado e fazer estratégias não somente para combate, como também para diálogos e interações com o mundo. E aí é onde brilha Baldur's Gate 3: não existe um único jeito certo de jogá-lo, tomar decisões, fazer quests e interagir com o mundo. Tudo depende do que sua raça e classe permitem, o que dá um fator interessantíssimo de rejogabilidade e incentiva aos jogadores fazer novas runs com novos personagens, novas builds e novas combinações de grupo. Ouvi de vários amigos que eles nunca terminavam o jogo, e sim sempre reiniciavam a campanha do 0 com novos personagens para experimentar novas builds e interações. O fato é que não existem duas runs iguais de Baldur's Gate 3 se duas pessoas diferentes jogarem ou se o mesmo jogador o tentar fazer com um novo personagem, de outra raça e classe, ou mesmo se tentar interpretar um outro alinhamento moral. Eu fiz uma run agindo como um caótico neutro, outra como um caótico mau e por último um leal bondoso. O jogo me obrigou a fazê-lo? De forma alguma. Foi uma escolha minha de jogar assim por roleplay, e isso me deu um gosto da minha adolescência na qual jogava D&D.

Isso sem contar, claro, que o jogo usa regras do D&D 5e e de certa requer um conhecimento mínimo das D&D 5e para jogar no estrategista ou honra. Também é possível simplesmente pesquisar na internet por builds e estratégias específicas para o BG3, e também há os modos balanceado e explorador para aqueles que querem curtir a história sem passar grandes sufocos em combate.

No que se refere à história do jogo, ela consegue lhe engajar do início ao fim, e suas escolhas quase de 100% das vezes terão algum impacto posterior, o que torna o jogo muito mais que um sandbox: suas ações afetam a relação com seus companions, com outros NPC, recompensas que você pode ter, e até mesmo a possibilidade de abrir quests posteriores. A imersão no universo de Baldur's Gate 3 é tamanha que você com bastante curiosidade aguardará os fatos posteriores e eles sempre irão lhe surpreender de alguma forma. O jogo tem consequências até mesmo no seu final, em que várias decisões são tomadas levando a diferentes consequências, tornando o final do jogo praticamente um pós-game, não apenas um filme, como costumam ser finais de outros jogos. Jogos da Bioware tem nível semelhante de impacto das suas ações, mas não na mesma profundidade que Baldur's Gate 3 conseguiu levar. A Larian Studios usou sua experiência com jogos de RPG e adicionou muito DNA da Bioware e trouxe um produto único, com uma história nova e original, que vai se desenrolar conforme o desejo do jogador.

Em termos de lore, o jogo usa o cenário Forgotten Realms e tudo que nele é canônico também o é em Baldur's Gate 3. Em livros e diálogos com outros personagens, somos apresentados a fatos referentes à história e lore dos Reinos Esquecidos, tornando o jogo bastante amigável até mesmo para quem não conhece estes fatos, e tudo de uma forma bastante natural, sem parecer que alguém está lhe segurando a mão e lhe tratando como uma criança para conhecer aquele mundo. Assim como em séries como Dragon Age e Elder Scrolls, a lore é extensa e vai sendo apresentada conforme você joga, fala com NPC ou lê livros sobre o jogo. Nunca é desinteressante você ler mais sobre o jogo, conversar com todos os NPC e explorar todos os lugares para se aprofundar neste universo.

O que falar dos seus companions, também? Seus laços com os companions são profundos e todos os personagens são bastante carismáticos e tem objetivos pessoais próprios, o que faz com que ninguém esteja no seu grupo por mero acaso. Todos eles tem um papel a desempenhar e um motivo pra te acompanhar na jornada. Outros podem simplesmente decidir mais estar com você caso você faça algo que vá contra os princípios deles ou simplesmente decida não ajudar - ou até matá-los antes de lhes dar uma chance. O fato é: me afeiçoei por cada um dos personagens e por muito tempo rejogarei este jogo para aprofundar o relacionamento com cada um deles e tentar uma nova abordagem em suas missões pessoais.

Sobre a parte artística do jogo (gráficos e trilha sonora), estão impecáveis. As expressões faciais dos personagens são bonitas, você não verá um NPC com o qual possa interagir que seja igual a outro, e os gráficos são belíssimos. As roupas e armaduras tem bastante identidade. A trilha sonora é simplesmente sensacional, com músicas que transmitem conforto, tensão e outras que simplesmente lhe trazem um arrepio na espinha tamanho é o seu impacto. Mesmo que você não vá jogar Baldur's Gate 3, ouça sua trilha sonora.

Este não é apenas o melhor jogo de 2023 ou o melhor RPG que já joguei. Este pode ser, sem o menor exagero, o melhor jogo de todos os tempos. Esperei uns meses após ter zerado três vezes para escrever esta resenha, para ter certeza que não estava apenas sendo emocionado, e minha opinião não mudou. Tenho mais de 430 horas de jogo, mas isso nem de longe é o fim da minha história com Baldur's Gate 3. Tenho grupos online para terminar a aventura e tenho uma nova conquista a fazer: a de terminar o Modo Honra, o qual ainda não iniciei. Diziam que um outro jogo de 2023 seria jogado por uma década, mas digo sem medo que provavelmente jogarei Baldur's Gate 3 mais vezes por esta década. Uma nova campanha em viagem pelos Reinos Esquecidos não me fará mal algum.
Review Showcase
5.2 Hours played
Não joguei ainda a versão da Steam, e atualizarei minha review quando o fizer, mas tenho centenas de horas deste jogo no SNES e no PS1. Muito conteúdo extra da versão de DS, esta que foi portada para a Steam, eu não estou ciente como foi implementada. Abaixo, apenas os motivos pelos quais recomendo Chrono Trigger tal qual conheci nas versões de SNES e PS1.

Chrono Trigger foi um marco na história dos jogos e dos RPGs. Filho bastardo de Dragon Quest com Final Fantasy, tendo o "Dream Team" dos RPGs japoneses dos anos 90, contando com Hironobu Sakaguchi (Final Fantasy, Parasite Eve, Kingdom Hearts, Super Mario RPG), Akira Toriyama (desse eu nem preciso falar, né? Dragon Ball, Dragon Quest, Dr. Slump, Sandlands, entre outros), Yoshinari Kitase (diretor - Final Fantasy) Nobuo Uematsu (trilha sonora - Final Fantasy, Romancing Saga), Kazuhiko Aoki (produtor - Final Fantasy) Takashi Tokita (diretor - Live a Live, Parasite Eve), Tetsuya Takahashi (artista - Final Fantasy VI, Xenoblade Chronicles, Ys III, Xenogears, Xenosaga, Romancing Saga), Yuji Horii (roteirista - Dragon Quest), entre outros gigantes da indústria de games japonesa, é uma equipe que trabalhando bem junta tinha tudo para dar certo, e deu!

Gráficos? Lindos até hoje. Gameplay? Muito divertido, com turnos ativos (ATB) ou com o inimigo esperando você atacar, fica a seu critério. Trilha sonora? Perfeição. Desafio? Pode-se dizer que se você não quiser pensar muito, o jogo vai te punir, mas não é particularmente muito difícil. A história? Sensacional e com personagens muito memoráveis.

Até hoje, nenhum RPG abordou viagem no tempo integrada tão bem como elemento de gameplay e narrativa como este jogo. Com uma ambientação que envolve praticamente toda a história das sociedades humanas no seu mundo fictício, temos uma história incrível, com um roteiro que teve a ousadia de matar o protagonista e permitir que você termine o jogo sem ele caso queira, bem como tem um potencial aliado que você pode simplesmente matar sem saber que ele é um dos personagens mais fortes que você pode ter na party. Tem pequenas escolhas que não são sempre necessariamente morais, mas que levam a caminhos distintos, e incentivam o jogador a querer voltar ao jogo.

Eu me senti plenamente realizado ao ver todos os 13 finais, todos os quais envolvem enfrentar o último chefe sob diferentes condições, ou em diferentes momentos, inclusive com apenas 2 personagens. Alguns finais inclusive geram uma quebra de expectativa com sua comicidade e quebra da quarta parede.

Chrono Trigger também é bem complexo em ambientação, trazendo fantasia, ficção científica e um pouco de horror lovecraftiano no fato que o chefe final não é um deus, ou alguém que deseja poder (a rainha Zeal e Dalton o são, mas eles são antagonistas menores) ou a realização de um ideal, é simplesmente uma forma de vida alienígena que viaja de planeta em planeta e os consome e destrói.

E, simplesmente este é o ápice da arte do Akira Toriyama. Pra mim não é Dragon Ball nem Dragon Quest, mas Chrono Trigger onde Akira atingiu o seu auge. Trabalhando em uma obra com tantos períodos históricos distintos e com uma equipe bastante criativa com a qual trocou idéias, Toriyama saiu bastante da sua zona de conforto sem deixar de manter a sua identidade na arte. Simplesmente lindo.

Joguem Chrono Trigger. É uma obra-prima.
Screenshot Showcase
O novo tribunal de Bhaal
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Completionist Showcase
Awards Showcase
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Comments
CYRUS Mar 5 @ 8:35am 
Esse cara aqui eu conheço desde os 2 anos de idade, amizade há mais de 30 anos.. então já posso dizer que é meu amigo/irmão ❤️🛠️🔒 TMJ sempre Andrézin