Wolfenstein: A Nova Ordem

Por vezes, pequenos gestos, pequenas atitudes ou pequenas ações podem mudar o destino e o rumo da história. Imaginem o que teria acontecido se guerra X não tivesse acontecido ou político Y não fosse eleito.

Wolfenstein: The New Order é um perfeito exemplo disso mesmo. Imaginem o que teria acontecido se a Alemanha tivesse ganho a segunda Guerra Mundial e o seu domínio tivesse prevalecido, que ações teriam tomado, que abominações teriam sido criadas e quantos não teriam morrido pelo caminho?

Claro que tudo isso não passa de um palco fictício e por isso mesmo, Wolfenstein: The New Order também se dá a certas liberdades e exageros, que embora pudessem ser reais, são hiperbolizados neste novo jogo.

Em Wolfenstein: The New Order jogamos novamente como B.J. Blazkowicz, desta vez ligado à frente de combate dos aliados. Numa investida contra um castelo alemão, Blazkowicz acaba por ficar gravemente ferido e obrigado a se recuperar num hospital, até ao dia em que os Nazi voltam a destruir a paz em seu redor.

Apesar de Wolfenstein nunca ter sido uma série para levar a sério, Wolfenstein: The New Order é estranhamente capaz no que toca à composição histórica e personagens interessantes. Fiquei surpreendido pela profundidade dada à personalidade de Blazkowicz, que é mais do que um monte de músculos. Este é um homem marcado pelas atrocidades da guerra que precisa de lutar porque a sua ajuda é necessária.

Em seu redor aparecem personagens credíveis e interessantes, especialmente os inimigos que são o estereótipo do mal profundo, que algumas pessoas corrompidas pelo poder conseguem atingir. Cada vez que estão presentes, vão sentir a vontade de lhes bater ou encher de balas, o que é um bom sinal.

Wolfenstein: The New Order procura quase sempre criar um equilíbrio entre o passado e o presente dos FPS. A jogabilidade utiliza o estilo padrão de FPS atuais, com a rigidez e diversão dos jogos mais antigos do género. A jogabilidade é sólida e imediata, com variações entre armas e a capacidade de usar duas de cada ao mesmo tempo, sacrificando assim a possibilidade de fazer mira.

De forma a honrar os jogos mais antigos, Wolfenstein: The New Order usa um sistema de vida ao estilo da velha guarda, onde a vida regenera até certo ponto e podem curar o que já perderam apanhando pequenos ou grandes kit médicos pelo caminho. O síndrome de Borderlands também surge aqui, com a possibilidade de recolher munições armas e peças de armadura que encontrem, estas são adicionadas ao seu contador como bónus.

Apesar da campanha ser mais focada, Wolfenstein: The New Order não dispensa momento mais cinemáticos e escolhas em momentos chave. A mais importante surge logo na primeira hora de jogo e é algo que você acompanha ao longo da aventura, numa campanha que dura cerca de 10 horas, mas que pede para ser repetida.

Algo que estranhei, mas até me deixou de certa forma agradado, é a total ausência de modos online competitivos. Hoje em dia parece que todo e qualquer FPS tem de ter modo online, nem que seja à força, por isso é bom ver que isso foi colocado de lado em favor de uma campanha mais sólida e trabalhada.

A maioria do trabalho vocal foi muito bem feito, e ajudam a dar credibilidade à história, especialmente com as variações entre inglês, alemão e uma ou outra língua que surge de forma ocasional. A banda sonora é bastante boa e complementa bem ao clima de guerra mundial.



-Liberdade histórica bem feita

-Elementos clássicos de FPS

-Cenários com vários caminhos

-História e personagens inesperadamente profundas

-Ausência de modos online forçados


-Podia dar-vos hipótese de escolha mais vezes, mas tudo bem

-Inteligência artificial falha por vezes

-Tempos de loading longos

-O caminho a seguir nem sempre é claro


Wolfenstein: The New Order

Sometimes small gestures, small attitudes or small actions can change the destiny and direction of history. Imagine what would have happened if war X had not happened or political And had not been elected.

Wolfenstein: The New Order is a perfect example of this. Imagine what would have happened if Germany had won the Second World War and its rule prevailed, what actions they had taken, what abominations had been created, and how many would not have died on the way?

Of course all this is just a fictitious stage and for this very reason, Wolfenstein: The New Order also gives itself to certain freedoms and exaggerations, that although they could be real, are hiperbolizados in this new game.

In Wolfenstein: The New Order we play again as B.J. Blazkowicz, this time linked to the Allied combat front. In a raid against a German castle, Blazkowicz ends up being seriously injured and forced to recover in a hospital, until the day the Nazi again destroy the peace around them.

Although Wolfenstein has never been a series to take seriously, Wolfenstein: The New Order is strangely capable when it comes to historical composition and interesting characters. I was surprised by the depth given to the personality of Blazkowicz, who is more than a lot of muscles. This is a man marked by the atrocities of war who need to fight because his help is needed.

Around them appear credible and interesting characters, especially the enemies who are the stereotype of the deep evil that some people corrupted by the power can reach. Each time they are present, they will feel the urge to beat or fill them with bullets, which is a good sign.

Wolfenstein: The New Order almost always strives to strike a balance between the past and present of the FPS. The gameplay uses the standard FPS style of today, with the stiffness and fun of the older games of the genre. The gameplay is solid and immediate, with variations between weapons and the ability to use two of each at the same time, thus sacrificing the ability to aim.

In order to honor the oldest games, Wolfenstein: The New Order uses an old-style life-style system where life regenerates to some degree and can heal what they have already lost by picking up large or small medical kits along the way. Borderlands syndrome also appears here, with the ability to collect ammunition weapons and armor parts that they find, these are added to your counter as a bonus.

Although the campaign is more focused, Wolfenstein: The New Order does not dispense more cinematic momentum and choices at key moments. The most important one comes out in the first hour of the game and is something that you follow throughout the adventure, in a campaign that lasts about 10 hours, but that asks to be repeated.

Something that surprised me, but even left me in a way pleased, is the total absence of competitive online modes. Nowadays it seems that every FPS has to have online mode, even if it is by force, so it's good to see that this has been put aside in favor of a more solid and well-crafted campaign.

Most of the vocal work has been done very well, and they help to give credibility to the story, especially with the variations between English, German and one or other language that arises occasionally. The soundtrack is quite good and complements well to the world war weather.



-Full historical freedom

-FPS Classic Elements

-Cenarios with multiple paths

- Unexpectedly deep story and characters

-Availability of forced online modes


-I could give you a chance to choose more often, but that's
okay.

-Intelligence fails sometimes

-Long loading times

-The way forward is not always clear