I Resumo I Nota Geral Pessoal I 9,5 I


• DEATH STRANDING DIRECTOR'S CUT - Um game sobre muitas coisas... Sobre a essência da sociedade e suas tantas divergências frente ao sentido da vida, morte e até pós-morte, um game que retrata o atual estado da humanidade após todo o avanço tecnológico que tivemos nos últimos séculos, mas também sobre como isso impactou não só nossas vidas, mas todo o universo ao nosso redor - Para os que encaram DEATH STRANDING como um simulador de andar ou entregas peço gentilmente que leiam essa análise e deem uma chance para o título se provar ser digno de estar em sua biblioteca, Hideo Kojima é uma pessoa bem difícil de entender, eu como apreciador de sua arte tendo jogado todos os games da saga Metal Gear Solid, posso lhe garantir que ele desenvolveu esse game com muita dedicação e amor.

💬 "LIKE não é afeto, SEGUIR DE VOLTA não é amizade. E REDE SOCIAL não é vida real.” Sua felicidade é diretamente proporcional à compreensão desta frase."

• Seguido dessa frase é meio que hipócrita da minha parte, defender que DEATH STRANDING é um game que se mantém sobre esse princípio in-game, durante toda campanha o mundo devastado se encontra em um estado pós-apocalíptico onde as pessoas se tornaram frágeis e indiferentes umas com as outras, tudo se resume a reconstruir a América, mas nem todos possuem a vontade e capacidade de fazer isso acontecer, aqui é onde "Sam" Porter Bridges entra em cena e você jogador tem a oportunidade de começar a entender o que esse game representa - Conectar o mundo parece algo simples, mas estamos realmente conectados ou se afastando cada vez mais um dos outros?

⭐ Destaque para Norman Reedus ator que interpreta Sam, recentemente o mesmo foi homenageado com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood! Não é atoa que sua atuação tanto aqui quanto em outros projetos sempre foi magnifica.

• Em DEATH STRANDING entregar mercadorias representa levar "sentimentos, amor e esperança" para o próximo, toda a essência do game se foca nisso e deixa claro que juntos podemos realizar mais coisas que sozinhos - O sistema Co-op/multiplayer aqui apresentado é algo bem similar as mensagens de DARK SOULS só que aqui você deixa sinais e estruturas que podem auxiliar a jornada de outros jogadores, facilitando seu avanço pelos difíceis caminhos encontrados em sua jornada, deixar seu LIKE é opcional, mas é essencial para que ela seja compartilhada com mais pessoas, seja humilde e faça sua parte, se você se beneficiou de algo deixado por outra pessoa o mínimo é demostrar que lhe foi útil - Deixe um Like!

• Fora isso, todos os aspectos adicionais como elementos visuais, músicas, atuação, dublagem e etc receberam um extremo polimento, nos entregando um game magnifico! O mundo é lindo, as músicas complementam a atmosfera, os atores colocaram todo profissionalismo em suas atuações, não só atuando, mas também dublando seus personagens de maneira magnífica - Joguei o game com o idioma original, mas a dublagem PT/BR também não deixa a desejar, todo projeto é essencialmente perfeito.

🎶 Playlist with Tracks that appeared in-game, trailers, songs and artists posted by Hideo Kojima.[open.spotify.com]

• Eu tive a honra de receber esse título no seu lançamento pela Curadoria Steam, mas mesmo assim fiz questão de aprimorar o mesmo para versão DEATH STRANDING DIRECTOR'S CUT - Se existe uma pessoa nesse mundo louco em que estamos que merece reconhecimento pelo seu trabalho é Hideo Kojima - Obrigado por fazer sua arte, obrigado por não desistir diante todos os problemas que a Konami lhe causou, sou grato por cada segundo que passei em todos os seus jogos... Aishiteru.

• Poderia escrever muito mais sobre DEATH STRANDING, mas acredito que já se estendi de mais, compre e jogue, ignore análises do tipo "simulador de andar" falta afetividade nas palavras de tais pessoas que possivelmente não passaram do prólogo...

• DEATH STRANDING DIRECTOR'S CUT atualmente encontra-se disponível para as plataformas PC I PS4 I PS5.

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• Death Stranding 2 Anunciado!!! #KOJIMA PRODUCTIONS

https://youtu.be/vtvQHMHXn4g
• Histórico de valor na loja Steam:


• DEATH STRANDING DIRECTOR'S CUT através dos meus olhos: Capturas de tela

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Eu tava num momento muito triste da minha vida, e esse jogo me ajudou a passar por ele. Eu super recomendo esse jogo, de coração!

ATÉ O PRÓPRIO KOJIMA VAI TER DIFICULDADE DE SE SUPERAR APÓS ESSE JOGO.

[Terminado com 155h de jogo]

No fim do ano a Epic deu Death Stranding de graça como parte do evento deles, mas eu acabei perdendo a chance de resgatar o jogo. Alguns dias depois meu velho me chama pra gente conversar de boas. Papo vai, papo vem, ele me pergunta se estou jogando alguma coisa, eu aproveito a abertura e menciono que perdi a chance de resgatar o Death Stranding. Meu pai não me dava presente havia muito tempo. Jogo então? Acho que o último foi quando eu tinha 17 anos. O fato de ele ter tomado a iniciativa e comprado o Death Stranding pra mim foi de um gesto sem tamanho. Fiquei bastante emocionado e, agora, ao chegar no fim do jogo, percebo que, mesmo sem querer, esse gesto do meu pai tem tudo haver com a base de emoções que o jogo propõem. Coincidência ou não, esse foi um dos melhores presentes que já ganhei na vida.

Logo no início meu queixo já veio ao chão. A abertura usando de fotos reais com cenas do jogo intercaladas foi muito impressionante, e a trilha do Low Roar já preencheu todos os meus sentidos. Na sequência vem a chuva e nosso primeiro contato com BTs e a Fragile, interpretada pela maravilhosa Léa Sydoux. Naquele momento, eu ainda não fazia ideia do que se tratava o jogo, mas já eram tantos mistérios apresentados assim de cara que a curiosidade me impeliu ao avanço.

Em resumo, o mundo acabou. Nossa população foi reduzida de 9 bilhões de pessoas para pouco mais de 100 milhões em alguns dias num evento de extinção massivo que eles chama de Death Stranding. Os Estados Unidos não existem mais como nação. Agora o território é habitado por cidades menores, abrigos individuais, acampamentos de ladrões e zonas com fantasmas chamados de BTs. Não existe mais comunicação nem distribuição logística entre os centros urbanos, o caminho é cheio de perigos e apenas alguns poucos são corajosos para levar suprimentos de uma cidade à outra, esses são os Portadores, e o Sam, nosso protagonista, é o melhor entre eles.

Em mecânica o jogo remete muito ao Metal Gear 5, com controles precisos, animações suaves, cenários ricamente detalhados e mesma estrutura de missões, mas é aí que acabam as semelhanças. Por exemplo, Metal Gear é um jogo de desafio tático que incentiva o jogador escolher recursos e equipamentos que facilitem a infiltração em uma instalação, roube dados e informações e até mesmo entre em conflito aberto e declarado. Death Stranding vai por uma linha completamente diferente. O desafio aqui é logístico e o jogo incentiva o jogador a se preparar pensando no caminho que ele vai percorrer, o peso da carga que ele tem de levar, se vai haver inimigos no caminho e quais obstáculos a natureza vai impor diante dele.

O Kojima sempre quis fazer um jogo em que as decisões do jogador influenciassem o mundo ao redor dele, desde o Metal Gear 3 Snake Eater o Kojima buscava essa ideia e, no Death Stranding, além de conseguir alcançar esse objetivo, ele foi além.
É muito legal você ver o terreno se adaptando a sua passagem, as pedras vão sumindo, o solo vai nivelando, a trilha por onde você vai e vem vai ficando cada vez mais nítida, mas o que mais me chamou a atenção foi que o mundo não reflete só suas ações, mas a de outros jogadores também, e isso é incrível.
Cada vez que o jogador reativa uma cidade, ele entra numa espécie de rede que permite ver a forma como outros jogadores influenciaram o mundo, os equipamentos, veículos e construções que eles deixaram junto com caminhos que eles desbravaram. Em contra partida, tudo o que você faz também vai deixar registro no jogo de outro jogador. Essa ideia de interação indireta é muito legal na prática, pois é extremamente satisfatório você deixar uma ponte que facilita vida de outro jogador, ou encontrar um gerador de outro jogador para recarregar as baterias de seus equipamentos.

O jogo tem as Ordens de Serviço padrão que avançam a história e uma cacetada de Ordens de Serviço secundárias que desafiam o planejamento, habilidade e criatividade do jogador.
As Ordens secundárias não são obrigatórias, mas são muito legais de fazer, pois, liberam novos equipamentos que facilitam a jornada do Sam e desenvolvem as histórias de pessoas comuns que passaram pelo cataclismo, sobreviveram e hoje tenta tirar o melhor disso. Alguns são bem amigáveis, outros são teimosos, uns se unem, outros se separam, mas todos ajudam muito na construção da narrativa que o jogo se propôs a criar, e ajudam o jogador a entender qual é a dinâmica que move esse bravo novo mundo.

Os gráficos estão realmente muito bem trabalhados, com níveis de detalhes e animações que beiram uma produção cinematográfica. Ao terminar o jogo, existe literalmente um filme de quase 2:30h de duração para amarrar todas as pontas soltas do enredo e emocionar até a última fibra do ser do jogador.
Temos personagens marcantes interpretados por grandes atores do cinema e dos jogos, e personagens secundários convidados que são amigos, ou se tornaram amigos do Kojima enquanto ele viajava o mundo buscando inspiração para Death Stranding. É tudo muito bem feito e pensado nos mínimos detalhes.

Esse também é um jogo que contém texto, muito texto. A cada novo personagem que o jogador conhece, novos e-mails contando sobre a experiência, vida e cotidiano dessa personagem passam a chegar, e toda essa informação, apesar de não ser essencial, acaba impulsionando a ideia de fazer o jogador se conectar com essas personagens que, no fim, acaba sendo toda a premissa do jogo: a importância das nossas conexões como espécie, família, amigos, etc.
O ápice dessa conexão é com o BB, um feto consciente com aproximadamente 7 meses de vida, encerrado em uma cápsula, nem vivo, nem morto, parceiro do Sam que o ajuda a prever onde estão os BTs, enxerga-los e evita-los completamente. Esse BB firma essa ideia de conexão quando jogo nos instrui que, apesar dele não precisar se alimentar, ele precisa descansar e que alto níveis de estresse podem fazê-lo sofrer mais do que o necessário. No decorrer da jornada, somos testemunhas do afeto que o Sam desenvolve por esse BB, chegando até a nomeá-lo em dado momento da história, e somos encorajados a cuidar dele, embalando-o quando está assustado, tocando música pra ele, correndo só pra deixa-lo feliz e etc.

A história desse jogo é incrível. Ela é apresentada aos pedaços, sem muito sentido no começo, mas quanto mais se avança, mais sentido o jogador vai encontrando e mais complexa a trama vai ficando, até culminar no grande fim, onde finalmente todos os mistérios são revelados. Essa foi uma das histórias mais mitológicas e emocionais que eu já vi o Kojima produzir. Como grande fã da série Metal Gear, fiquei muito triste de saber que ele não produziria outro jogo da franquia mas, ao terminar Death Stranding, fiquei muito feliz em perceber como se afastar do Metal Gear e fazer algo diferente fez bem ao Kojima. Ele pôde desafiar a si mesmo em conceitos narrativos completamente diferentes do que ele estava habituado a escrever e, tirando inspiração vai saber de onde, ele escreveu um épico mito-fantasioso regido pela habilidade que o ser humano possui de ser empático. É maravilhoso.

Esse foi um jogo que me consumiu, despertou meu interesse, me cativou com seus personagens, me fez sentir raiva e compaixão, me compeliu a fazer só mais uma entrega e desafiou minha inteligência logística. A cada nova partida eu estava cada vez mais encantado pelo BB e chorei de emoção com toda verdade ao chegar no fim. Vibrei em momentos de ação e senti a tensão em momentos de revelação. Fiquei legitimamente impressionado com todo o material que o Kojima consumiu para encontrar a inspiração para escrever história tão complexa e como ele fez todas as ideias encontrar uma harmonia caprichosa e dar sentido a tudo no fim. Esse jogo merece ser jogado de cabo a rabo.

10/10 por ser tudo, menos o que eu esperava. E por conter uma mensagem lindíssima sobre o amor.

Eu tinha um preconceito com esse jogo, fui muito na opinião dos outros de "você só anda", "é um simulador dos correios", mas então resolvi jogar anos depois do lançamento. Sim, você é um entregador, o próprio protagonista fala isso, que ele é apenas um entregador, mas com o decorrer do jogo descobrimos que ele é muito mais do que isso, a história desse jogo é sensacional, personagens muito interessantes e com sua própria história, trilha sonora, ambientação tudo... Eu entendo que o que afasta a galera desse jogo é a gameplay, e consigo entender pq realmente ela é lenta na maioria do tempo, mas com o decorrer do jogo a gameplay vai ficando mais "acelerada", por fim, recomendo, mas jogue de mente aberta pois é um jogo diferente em muitos aspectos.

"Not for everyone, but damn I'm glad it's for me."

Death Stranding é um jogo de ação(?) e aventura(?) ambientado em um mundo pós apocalíptico onde a humanidade só existe sob bunkers e aqueles que arriscam suas vidas para realizar entregas de suprimentos no lado exterior detém um papel importante para a humanidade. O jogo aborda temas como conexão com vida e morte, multiverso e uma penca de coisas que só se passam na cabeça de Hideo Kojima.

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Nesse mundo devastado e maluco somos "Samuel Porteiro Pontes" (ou Sam Porter Bridges para os íntimos), um entregador da Shopee pós apocalíptico que trabalha como freelancer de entregas. Logo no inicio do jogo somos jogados para um plano de restruturação da sociedade, lhe dão um dispositivo que possibilita a conexão online entre estes bunkers, um bebê dentro de uma garrafa e lhe enviam em uma missão primordial de fazer entregas de todo o tipo de cacareco e instalar a internet do povo enquanto enfrenta criaturas tridimensionais, terroristas, trombadinhas e terrenos mais esburacados que as estradas BR. Uma jornada difícil e longa que só poderia ser criada pela cabeça de alguém com esquizofrenia, paranoia e muita m@conha.

Mas falando sério agora: Kojima é um gênio e quem discorda disso é hater. Qualquer um que jogou qualquer Metal Gear já se convenceu disso e em Death Stranding não foi diferente. A forma como ele aborda temas sensíveis e as transmite em forma de gameplay é simplesmente genial. De inicio você fica perdido e confuso, você olha um bebê dentro de uma garrafa e se pergunta "que porr@ é essa?", mas se tiver paciência (sim, e precisa ter muita) e progredir na campanha, as coisas vão fazendo um sentido que antes você acreditava que não teria.

A história do jogo é impecável, com muitas camadas, uma narrativa bem suave e com um final emocionante. Também é confusa e lenta, e requer que preste bem atenção nas cutscenes... e que são muitas mesmo! Um pequeno spoiler: após a última boss fight (sim, tem) serão 2 F0DEND0 HORAS de cutscenes, onde de fato tudo é revelado e todas as pontas soltas são amarradas. Portanto, se você não tiver a paciência de largar o controle, fazer uma pipoca e curtir uma obra prima do audiovisual nem abra esse jogo.

Todos os personagens do núcleo principal são incríveis, bem construídos e possuem papéis fundamentais para a história, além de serem muito bem interpretados por um dos maiores castings de atores já visto em um jogo de videogame.


Esse não é um jogo para todo mundo. Suas mecânicas são focadas em estratégia, movimentação e física, onde o trajeto é mais importante que o destino. Não é um jogo para ser jogado com pressa, você precisa aprender e entender como a física e os equipamentos funcionam para conseguir se locomover pelo mapa da forma mais eficiente possível. Entender como planejar uma rota evitando a chuva temporal, que deteriora a carga e tudo o que ela toca, é fundamental.

Sam se movimenta de forma lenta, afinal ele está carregando cargas. E dependendo do terreno e tipos de equipamentos que ele está usando, ele vai se locomover de forma mais lenta e desequilibrada ainda. Então paciência e dedicação para aprender é fundamental, pois o jogo não é difícil, não precisa ter skill, precisa apenas utilizar as ferramentas e equipamentos da forma correta. O jogo dispõe de vários tipos de ferramentas, como escadas, corda para escalada, exoesqueleto para carregar mais cargas, tirolesas, etc. Além disso, é possível construir estradas, pontes, torres de vigias e uma penca de instalações que ajudarão bastante.

Em um ponto mais avançado da campanha, são liberados os veículos. A jogabilidade deles é boa, porém assim como o Sam eles não trafegam muito bem em terrenos muito acidentados, então faz parte do planejamento de missão saber onde e quando utilizar os veículos. São dois tipos principais: motos e caminhões de carga. Se souber utiliza-los, dá para levar muita carga em períodos bem curtos.

E para surpresa de muitos, o jogo possui combate 😱! Você pode evitar combates o tempo inteiro durante a campanha (o que é recomendado), apenas em alguns momentos chave da história que o combate é obrigatório. Mas a opção existe e o jogo nos dá uma boa variedade de armas letais, não letais, granadas e luta corpo a corpo. Apesar de você poder matar inimigos, fazendo isso dá um problema gigante e que se você não resolver, dá game over. Então o jogo "te obriga" a usar as opções não letais.

As entidades que vagam pelo mapa, chamadas de EPs, se tiver paciência de se movimentar devagar consegue passar por elas sem grandes problemas. Mas se resolver enfrentar, é bem pior... Em um ponto mais avançado da campanha, será possível mata-las.
No incio você fica bem tenso quando passa por uma zona de EPs, mas depois enche o saco porque são muitas e você só quer sair dali o mais rápido possível.


É um jogo de mundo aberto, porém vazio. Então não há side quests ou eventos aleatórios acontecendo pelo mapa. O jogo é basicamente entregar. Entregas que exigirão tempo máximo, outras danos máximo e outras para entregar coisas aleatórias. Você vai de um ponto A ao ponto B, assiste o resultado e a avaliação da entrega, depois assiste uma longa cutscene e repete o processo. Por isso que muita gente suporta esse jogo no máximo até o capitulo 3, porque de fato não há uma grande variação na gameplay além de raras situações de combate e bossfight.

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Sim, o jogo é basicamente "always online" e de modo cooperativo. Mas não de um modo tradicional com PVE e PVP, e sim de forma indireta. Você joga em servidores com outros jogadores porém não os enxerga, você enxerga apenas as estruturas construídas por eles. Então você consegue utilizar escadas, cordas, pontes, estradas, etc. que outros jogadores deixaram ali ou construíram.

Esse formato foi genial, pois une os jogadores em pról de um objetivo em comum. Então muitas estruturas que eu constuí, fiz pensando em ajudar a comunidade. E isso é fod@ pra caralh0!

Porém, isso facilita bastante a gameplay e impede o jogador a evoluir e se planejar com mais eficiência. Pois em qualquer lugar de dificil acesso haverá uma estrutura construída por outro jogador que irá facilitar a sua vida.



O áudio geral do jogo é impecável em retratar o vazio que é aquele mundo. Você ouve os passos do Sam, o barulho do vento e mais nada. Não há pessoas, não há animais, não há nada. Uma pedra rola ao longe e você a ouve, porque não há mais nada para se ouvir. É uma serenidade relaxante e intensa ao mesmo tempo.

A trilha sonora é incrível e foi escolhida a dedo pelo Kojima. Músicas que talvez não seja do seu gosto, mas que casam perfeitamente com o mundo, história e gameplay.

Outro quesito impecável é a dublagem PT-BR. Dublado por excelentes dubladores BR e que conseguiram transmitir muito bem as atuações dos atores.


O jogo é lindo em todos os quesitos, desde a renderização até a iluminação. Mas o grande destaque é para a modelagem e expressões faciais dos personagens que são impecáveis. Você consegue entender cada sentimento que o ator está transmitindo em cada cena. Além de estar muito bem otiizado.

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DS é um jogo perfeito. Mas não perfeito porque é melhor que outros, mas perfeito naquilo que ele propôs. Proposta esta que só entende quem joga, porque ele não é um jogo para todo mundo. Em uma época em que a indústria estava tomada por battle royales e busca desenfreada por dopamina, Kojima ousou em inovar e propôs algo nunca visto até então. Então se você quer uma história intensa, emocionante e uma gameplay diferente de tudo que já jogou, vai fundo e compre essa obra prima.

Nota: 9,5/10

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Mandou, chegou.

Achei Death Stranding uma obra-prima que transcende as barreiras tradicionais dos games, proporcionando uma experiência que mistura ficção científica, filosofia e emoção em um ambiente envolvente. No entanto, como qualquer obra de arte, não é isento de falhas.

O enredo de Death Stranding é denso, com camadas de mistério e simbolismo que nos mantêm intrigados até o final. Ele se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde eventos sobrenaturais distorceram as fronteiras entre a vida e a morte. Kojima habilmente explora temas existenciais como isolamento, conexão humana e o peso da mortalidade. A jornada de Sam é, ao mesmo tempo, íntima e épica, levando o jogador a refletir sobre o papel de nossas ações na tentativa de reconectar uma sociedade fragmentada. O enredo te prende com suas reviravoltas imprevisíveis, introduzindo conceitos inovadores e narrativas paralelas que garantem uma experiência rica e desafiadora.

A trilha sonora é uma peça fundamental ela combina músicas de bandas como Low Roar e Silent Poets, criando uma atmosfera que realça a solidão das paisagens devastadas. As músicas são colocadas em momentos cruciais da gameplay, amplificando a sensação de contemplação e melancolia, e proporcionando uma pausa emocional durante as entregas. É difícil não sentir o peso das músicas ao atravessar planícies desoladas, sabendo que você é o único elo entre sobreviventes separados por vastas distâncias.

Além de Sam, os outros personagens contribuem significativamente para a profundidade emocional do jogo. Fragile e Cliff se destacam por suas histórias trágicas e complexas. Cada personagem possui uma profundidade única, com motivações e dilemas pessoais que tornam suas interações envolventes e impactantes. Kojima foi hábil ao utilizar um elenco de estrelas para dar vida a esses personagens, proporcionando ao jogador um vínculo emocional raro em videogames.

Um dos aspectos mais fascinantes da ambientação é a chuva temporal, que acelera o envelhecimento de tudo o que toca. Este elemento não só adiciona tensão à gameplay, exigindo que o jogador se proteja e cuide de seus equipamentos, mas também influencia diretamente o design do mundo. As mudanças constantes nos cenários e no desgaste de objetos contribuem para uma atmosfera de impermanência. A chuva temporal reforça o tema do jogo: o tempo é implacável.

No entanto, a gameplay pode ser um ponto de discórdia para alguns. Embora a travessia do mundo tenha sua beleza meditativa, ela pode se tornar arrastada em certos momentos. A repetição de entregas, especialmente nas fases iniciais, pode parecer monótona, e o ritmo lento pode frustrar jogadores que esperam por um jogo de ação mais tradicional. A sensação de "simulador de entregas" é real, e isso acaba limitando a fluidez da experiência. O mapa da neve é outro ponto crítico. Embora visualmente impressionante, a região é uma dor de cabeça para navegar. Os desafios impostos pela topografia e pelas condições climáticas tornam a travessia cansativa e, muitas vezes, frustrante. O terreno acidentado, somado ao desgaste acelerado dos equipamentos e à baixa visibilidade, faz com que qualquer entrega se torne um exercício de paciência

Death Stranding é, sem dúvida, um jogo audacioso e inovador. Sua história complexa, trilha sonora imersiva e personagens carismáticos fazem dele uma experiência única. Ainda assim, para aqueles dispostos a mergulhar profundamente em seu mundo, o jogo oferece uma jornada emocional e introspectiva. Kojima nos convida a refletir sobre a importância das conexões, e, mesmo com seus defeitos, Death Stranding consegue deixar uma marca duradoura em quem o joga.

Seria impossível começar essa análise sem mencionar e agradecer a presença de Sr. Death. Em mais de um momento, sem esperanças, lutando para chegar em algum ponto do gigantesco mapa, uma luz se acendeu em minha frente e era um gerador deixado para trás por Sr. Death ou um veículo abandonado por ele e que agora me seria extremamente útil. Nem a ferrugem, nem as intempéries temporais me impediriam de aproveitar aquela dádiva largada, uma garrafa flutuando no oceano de Death Stranding.

A obra de Hideo Kojima tem diversos pontos característicos, mas acredito que nenhum deles ultrapassa o imenso esforço colaborativo de seu universo. Não somos jogadores, somos compartilhadores de um universo que é simultaneamente solitário e comunitário. Suas regras nunca ficaram completamente claras para mim ou, do ponto de vista técnico, como é possível que as peças se encaixem umas nas outras. Atravessamos uma trilha longa que já foi trilhada por outros e esses outros ergueram estruturas e avisos que ajudam a suavizar o fardo que todos carregam. Por sua vez, cabe a cada um de nós também deixar um legado para aquele que virá depois.

O jogo traz uma sensação de pertencimento muito maior do que qualquer outro MMORPG que já experimentei, ainda que, em momento algum, eu esteja diante de outro jogador. Estradas são erguidas graças aos esforços de todos. Essa fronteira desolada de uma América arrasada se torna mais amigável enquanto pontes são literalmente construídas. Nosso critério de evolução não está na quantidade de inimigos derrubados ou desafios superados, mas principalmente no quanto nossas ações tem efeitos positivos na vida de outras pessoas, reais ou imaginárias.

Nesse sentido, temos talvez o primeiro meta-jogo AAA. Aquilo que é mencionado ao longo de toda a trama também é executado pela própria jogabilidade (inédita para mim): estamos nos conectando.

Preciso esclarecer que meu contato prévio com o desenvolvedor Hideo Kojima se resumia a uma dezena de horas com Metal Gear Solid para PC, talvez duas décadas atrás. Abandonei o jogo por razões de enfrentar dificuldades, mas guardei o save durante muitos anos, até me dar conta de que o título provavelmente não seria mais compatível com a versão atual do sistema operacional e que eu certamente já teria esquecido todos os comandos. Enfim, Metal Gear Solid não me impressionou, era apenas mais um jogo dentro de dezenas de outras opções.

Há um oceano de distância entre os dois títulos. Death Stranding representa o resultado de um Kojima muito mais maduro, assim como um Kojima livre de amarras, comandando sua própria desenvolvedora. Há excessos em Death Stranding. O abuso de cutscenes para construir uma atmosfera cinematográfica pode incomodar muita gente. A presença constante de personagens que fogem dos padrões da normalidade (ou mesmo da compreensão) é outra marca registrada de Kojima, ame ou odeie. Tampouco ouso afirmar que entendi plenamente o que é o Death Stranding ou qualquer um dos eventos que acontecem na tela.

Entretanto, é inegável que Hideo Kojima traz um trabalho fortemente autoral em uma indústria tragicamente dominada por produtos desenvolvidos por comitês, seguindo marcações em um Powerpoint para maximizar potencial de vendas. Uma indústria em que fórmulas são repetidas até a exaustão e poucos criadores conseguem, de fato, deixar sua assinatura. Se o estilo dos jogos de Kojima agrada ou não, é uma questão mais pessoal. Aqui, minhas emoções se alternaram entre bocas abertas, lágrimas nos olhos e sorrisos no canto da boca.

A experiência intelectual de mergulhar em um cenário de ficção científica que beira o inexplicável se complementa com uma overdose sensorial, representada por gráficos deslumbrantes, paisagens de tirar o fôlego e uma trilha sonora alternativa que aparece pouco, mas acalenta quando surge. Death Stranding é jogo para parar no alto da colina quando a música começa e simplesmente apreciar o prazer de se estar vivo, seja dentro daquele universo, seja no mundo real. E torcer para a chuva não estragar tudo.

O único erro de Death Stranding (excetuando o derradeiro, mas chegaremos lá...) esteve no seu marketing. A partir do momento em que a divulgação saiu das mãos de seu criador, a produtora 505 Games pode ter vendido a ideia errada de que tínhamos aqui um jogo de ação pós-apocalíptico. Mesmo que existam momentos desse tipo, a atmosfera e o ritmo de Death Stranding não poderiam ser mais diferentes.

A aventura de Sam Bridges de costa a costa de um Estados Unidos destruído está mais próxima da experiência de um simulador de caminhões do que da jornada de um Joel ou de uma Aloy. O loop de jogabilidade exige que o jogador pegue uma carga no ponto A e conduza-a em segurança até o ponto B, atravessando terreno irregular e, frequentemente, perigoso. É necessário planejamento de rota, mas também uma boa dose de improviso, uma vez que o mapa não é o território e eventos imprevisíveis podem acontecer no caminho. O controle do espaço físico e sua travessia são tarefas que exigem paciência, não velocidade, cautela, não ímpeto. Death Stranding se torna assim jogo para relaxar, para sopesar cada passo, para contemplar a estrada. Andar (ou dirigir, se for o caso) se torna mais importante do que a chegada em si.

Em paralelo, Hideo Kojima constrói então outro título inspirado na gig economy, como New World, que veio depois. Nossa sociedade se encontra fragmentada, separada por distâncias intransponíveis. Apenas os entregadores são capazes de estabelecer o vínculo tão necessário para que existamos como uma espécie única. Nesse ponto, é indiscutível a genialidade de seu criador, que enxergou o zeitgeist das bolhas de isolamento, muito antes da pandemia tornar concreto o que antes era somente metafórico. Nos trancamos em nossas próprias esferas, em nossos próprios conceitos, em nossos jardins murados e não saímos de nossas tocas nem mesmo para buscar suprimentos, dependendo de lojas online e motoqueiros, enquanto saciamos nossa vaidade com curtidas.

Obviamente, Death Stranding é uma hipérbole, se os fetos psíquicos ou as entidades sobrenaturais invisíveis não explicitaram isso o suficiente. Entretanto, a mensagem permanece: o contato é fundamental para continuarmos sendo seres humanos.

Death Stranding então é um jogo de caminhar, um walking simulator, se preferir, porém um com múltiplas camadas mecânicas em que até mesmo a forma como você pisa pode determinar o sucesso ou não de sua jornada. Não é um jogo de tiroteios, ainda que existam armas na seleção de equipamentos de seu protagonista. Até nessa leitura, Kojima deixa sua crítica: a morte tem impacto, mais impacto do que na maioria dos jogos. A morte está vindo para todos e cada um que tomba representa um perigo para a coletividade. Precisamos nos manter vivos e sãos, precisamos não matar se quisermos sobreviver.

Então, fui estendendo minhas mais de 60 horas de jogo ao longo de mais de seis meses. Até que um dia... deu bug. Revirei a internet em busca de respostas. Como um jogo que funcionou por 65 horas se recusava a abrir repentinamente? Como tudo no jogo, a falha também foi compartilhada por muitos jogadores ao longo dos últimos quatro anos, em diferentes versões, em diferentes sistemas operacionais, em diferentes configurações. Não há uma resposta que funcione para todos. Não há uma resposta que funcione para mim. Tentei todas as alternativas possíveis, exceto reinstalar o Windows inteiro.

Eu estava na reta final da narrativa. Havia concluído todo o trajeto de uma ponta até a outra do país. Estava travado no que desconfio que fosse a última batalha de chefe. E o portal se fechou por completo.

Publicado originalmente em: https://blog.retinadesgastada.com.br/2024/04/nao-jogando-death-stranding.html

A frase "não é para todo mundo" é batida e tem seus poréns. Pois sim, ele pode ser para todo Mundo, depende muito da época que irá jogar. Pois todos mudamos no decorrer da vida, e o que hoje pode ser apenas um jogo "do entregador do Ifood", amanhã pode ser algo mais.
Portanto se você é um desses que acha que o jogo é só um "simulador de caminhada e entrega", aconselho a esperar uns anos, ganhe uma barba na cara (metaforicamente falando) e ai pense em jogar, provavelmente vai pensar diferente.

O jogo tem gráficos inacreditáveis para o final dessa geração, com um pé na nextgen (e nessa versão é de fato Next). Otimização SENSACIONAL.

O jogo tem uma trilha sonora extremamente boa, som e dublagem (br) muito acima da média.

A jogabilidade não é nada fora da realidade como muitos pensam, quem jogou MGSV não vai ter problemas de se adaptar, tem alguns detalhes e coisas que ao jogarmos percebemos ser diferentes, mas nada fora da realidade de qualquer jogo mundo aberto.
O Mundo do jogo é morto? SIM, mas isso tem um motivo, e somos apresentados a (quase) todas as explicações do que ocorre nesse Mundo na primeira meia hora de jogo, então só se você tiver um QI de minhoca, não vai sacar que esse Mundo está todo ferrado e tem um motivo.
O jogo é só caminhada? NÃO. Temos muitos momentos em que vamos querer fugir da ação, pois em vários momentos seremos abordados por inimigos (humanos e sobrenaturais), quando apenas queremos passar de boa para terminar uma longa jornada. E também não é caminhada pois temos veículos, então depois que libera a moto, caminhão e etc, tudo fica mais fácil.
O grande destaque fica nas expressões faciais dos personagens. É SURREL...muito bem feita.
A história do jogo é maluca mas tudo faz sentido e se amarra, mais ou menos como a série DARK (que é uma boa comparação).

O jogo é repetitivo sim, mas qual jogo não é hoje em dia, a diferença é termos um Motivo para essa repetição, um motivo para tudo que está sendo feito, e ao menos isso, Death Stranding te dá, não somos meros "entregadores", como muitos pensam.

Enfim, é um jogo diferente (mas nem tanto), sua narrativa é INCRÍVEL, e quem gosta de pensar, gosta de enredo com camadas, vai certamente apreciar esse game.

Para finalizar, sobre o Directors Cut, o jogo atualizou as tecnologias DLSS, FSR e está mais bonito, com melhorias na iluminação Global, mais efeitos de fog, melhorias nas texturas e modelagem de personagens, reflexos e traz 100% das funções do DualSense, até então exclusivas do PS5. Uma experiência agradável e com melhorias visíveis.
RECOMENDADO.