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102.0 hrs on record (85.3 hrs at review time)

No ano passado fomos apresentados a Advanced Warfare, um jogo desenvolvido pela Sledgehammer Games, que introduziu na série novidades como o exoesqueleto e equipamentos de alta tecnologia. Agora é a vez de Black Ops 3, um jogo a cargo da Treyarch, que vem mostrando potencial no desenvolvimento da série. Um estúdio que marca suas produções pela qualidade, inovações e a grande capacidade de combinar o dinamismo de Call of Duty com uma narrativa mais complexa e madura. Então, temos aqui um jogo que oferece uma campanha, um modo multiplayer e o tradicional modo zumbies. Agora como tudo isso se traduz em Black Ops 3 iremos descobrir.

Para se familiarizar com o novo sistema de movimentação - temos aqui uma evolução do que vimos em Advanced Warfare - a Treyarch criou um modo chamado Free Run, onde você deve superar os níveis cheios de plataformas, saltos e obstáculos no menor tempo possível, permitindo que você aprenda como saltar, deslizar nas paredes e fugir de adversários hostis. Funciona como um tutorial.

Feito isso você poderá encarar o modo campanha, que este ano chega com duas grandes inovações. A primeira é a capacidade de desbloquear todas as missões e jogar na ordem de sua preferência, mesmo que seja a última. Isso pode ser interessante para os que estão presos em um ponto do jogo e querem ver como a história continua.

A segunda é a nova capacidade de jogar cooperativamente - dois localmente via tela dividida e 4 jogadores online. Como sempre o co-op dá uma vantagem para uma campanha com forte foco no fator humano, uma vez que é sempre divertido compartilhar com outras pessoas os mesmos momentos do jogo. Com quatro jogadores, os níveis de dificuldade que temos em alguns confrontos podem ser realmente gratificantes, com muitos adversários difíceis e alguns verdadeiramente enormes. Em outras sequências, as batalhas passam para um padrão mais tradicional, mas ainda assim, muito agradável.

Para garantir um bom enredo a Treyarch tentou oferecer tudo o que tornou a série famosa nesses últimos anos. Vamos encontrar em Black Ops 3 alguns níveis bem originais, alguns incríveis e outros até um pouco estranhos. Você pode conduzir veículos, tanques gigantescos e até invadir masmorras escuras cheias de robôs. É uma variedade de cenários interessantes, que em alguns casos raros, não funcionam corretamente. Desligar o dispositivo de visão noturna em um ambiente escuro com adversários que correm em sua direção não é uma boa ideia, apesar que nem sempre a inteligência artificial é brilhante aqui.

A campanha pode durar entre 8 a 10 horas e oferece um final surpreendente, mas que certamente não vai agradar a todos os fãs da série - você vai ter que conferir isso com seus próprios olhos. Porém o fator replay é, no entanto, garantido por dois elementos: um é o nível de dificuldade "Realista", onde você morre com um único tiro. O segundo é o modo "Pesadelo", que vai desbloquear a última missão que você terminou e reinterpretar o jogo em um ambiente tomado por zumbis.

Um ponto fraco quando jogamos em modo co-op (4 jogadores) é a função teletransporte. Isso acontece no próximo ponto de verificação assim que o jogador a frente atinge essa linha imaginária, ou seja, o líder e quem estiver próximo a ele não irão notar nenhuma diferença e serão introduzidos à próxima sequência. Já os outros serão teletransportados automaticamente junto aos seus companheiros de equipe. Isso realmente é algo muito chato.

O problema é que a Treyarch optou por não parar o jogo ao carregar novos ativos, com a consequência de que os jogadores teletransportados sejam levados ao novo nível no meio de um vídeo cinematográfico e muitas vezes não entendem o que está acontecendo. Outro ponto negativo é o equilíbrio dos vários poderes Cybercore. Alguns são muito úteis, outros um pouco menos. Os desenvolvedores poderiam limitar isso, de modo a manter apenas os mais importantes, fazendo com que muitos deles se tornem itens de pouca utilidade.

No geral a campanha de Black Ops 3 é interessante, traz novas ideias, mas nada verdadeiramente épico. Eu diria até que faltou um pouco de coragem da Treyarch nesse título, faltou o brilho que caracterizou seu título anterior. Mas não podemos esquecer que além de um modo campanha, temos ainda um modo multiplayer e o tradicional modo zumbies. Conteúdos que podem enriquecer o título.

A edição limitada oferece duas campanhas zumbis. A primeira é exclusiva e intitulada The Giant, que continua a história de Zombies onde Origins parou. Aqui vamos reviver o caos do clássico mapa da Treyarch "Der Riese" em um cenário ambientado em uma instalação de pesquisas da época da Segunda Guerra e completo com os upgrades de armas Pack-a-Punch Machine, Teleporters e Hellhounds. Já a segunda campanha, batizada de The Shadow of Evil, vai chegar a todos os jogadores. Aqui você pode escolher um personagem e encarar uma batalha baseada na década de 40, com um arsenal, naturalmente, adequado para o período histórico escolhido. Além disso, entre os inimigos não só encontraremos hordas de zumbis, mas também novos monstros mutantes assustadores. Uma experiência cooperativa na qual será preciso enfrentar os mortos-vivos para sobreviver.

Por último, mas não menos importante, temos o multiplayer. Seguindo os passos de Advanced Warfare, a Treyarch evoluiu ainda mais a mobilidade dos seus soldados virtuais, garantindo os seus movimentos quase em 360 graus, mesmo no ar. É possível decidir se quer realizar um único impulso ou dar pequenos toques para garantir uma trajetória mais longa. Jogadores mais experientes irão combinar muito bem essa nova possibilidade para efetuar verdadeiros passeios pelas paredes do cenário.

Cada arma será personalizável em um nível bastante avançado e você poderá gerenciar todos os itens separadamente. Quanto aos mapas, haverá 12, todos de tamanho médio e de boa qualidade, enquanto que os modos de jogo serão 11. Estes incluem o clássico capture a bandeira, Team Deathmatch, Kill Confirmed e Domain. A única novidade é representada pelo Salvaguarda, um modo em que soldados devem escoltar um androide de um ponto a outro do mapa e reinicia-lo caso a energia acabe. O outro grupo, no entanto, tem que impedir que isso aconteça, evitando que a escolta do robô chegue ao seu destino.

O multiplayer continua sendo uma atração a parte e vai agradar a todos os "viciados" nessa modalidade. Muitos deles acabam até ignorando o modo campanha para se entregar de corpo de alma ao multiplayer. Alias, vale lembrar que os donos do Xbox 360 e PS3 não terão outra opção, já que Black Ops 3 não terá um modo campanha na antiga geração. Por outro lado, podemos dizer que a Treyarch surpreendeu com a quantidade de conteúdos. Se você gosta de encarar o modo campanha, jogar um bom multiplayer, vai adquirir a edição limitada e é fã de mortos-vivos, terá muito conteúdo a sua disposição.

Em última análise, a Treyarch fez um bom trabalho. Poderia ter abusado um pouco mais no enredo do jogo, mas no geral entrega conteúdos suficientes para tentar agradar a Gregos e Troianos. O modo co-op peca quando estamos jogando em equipe de 4 jogadores com a função teletransporte, algo que certamente não deve sofrer nenhuma atualização no futuro. Agora, se tudo isso é suficiente, apenas os fãs dirão, mas de imediato é um jogo recomendado para os adeptos ao FPS.

Final : Vale apena comprar? É claro!
Vá lá agora

Posted April 13, 2016.

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