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Posted: Jan 11, 2015 @ 9:14pm
Updated: Feb 23, 2015 @ 9:05am

Originally posted by Thiago Tech/Gamer:
http://tech-vida.blogspot.com.br/2015/02/analise-trine.html

Trine, Trine, Trine... Eu não dava nada por ele, eu via de relance meu irmão jogando e dizendo como Trine era bom, mas eu nunca dei bola. Um dia eu comprei este jogo no Steam apenas por comprar, afinal, era um pacote com os 2 jogos e mais uma expansão (Trine 1 e 2 + DLC) e o que eu não esperava... Que Trine me fascinasse tanto!


HISTÓRIA

A história de Trine se passa em um reino destruído, dominado por um exército de mortos-vivos (Que na verdade não passa de um monte de esqueletos, nada de zumbis) que espalham o caos na terra. O jogo inicia com Zoya, Amadeus e Pontius em busca de um tesouro lendário na Astral Academy. Ao chegarem na sala do tesouro, os três protagonistas encostam no Trine numa tentativa de pega-lo... e.... tadam! A alma dos três ficam unidas por um feitiço. É aqui que a sua aventura começa, numa busca desenfreada que vai mete-lo em altas confusões na tentativa de separar as almas novamente.

O que mais me impressionou em Trine não foi apenas a sua historia, mas o modo como ela é contada. Sim, ela é CONTADA, narrada como em um bom livro! Você realmente sente como se estivesse lendo/jogando a história de um incrível livro de contos, sente como se aquela fosse a sua aventura, passando por inúmeros desafios e resolvendo puzzles para passar as fases e dar continuidade a história... E é isso é o que torna o jogo empolgante!

Algo que vale a pena mencionar é o carisma dos protagonistas. Durante a aventura é bem comum ver Amadeus, Zoya e Pontius trocando diálogos entre si. Você provavelmente vai dar algumas boas gargalhadas com o destemido Pontius e sua fome insaciável, com o Amadeus que sempre reclama de todas as situações e Zoya com seu sarcasmo e suas provocações.

Os desenvolvedores trabalharam muito bem no enredo do jogo e é uma grande pena que não há uma dublagem em Português, este é um titulo maravilhoso para se jogar com os filhos em casa.


GAMEPLAY

Tanto no controle (Funciona até mesmo com o genérico de PS2, mas o de Xbox 360 é o mais recomendado) quanto no teclado + mouse a jogabilidade é um pouco confusa, mas nada com o que se preocupar. Depois de se adaptar aos comandos tudo flui maravilhosamente bem, sem muita complexidade e sem passar nervoso.

Trine é um jogo curto, mas muito divertido e repleto de puzzles para se resolver. Durante a aventura você vai lutar contra um exercito (quase) infinito de esqueletos, o que é meio chato porque eles literalmente colocaram apenas esqueletos como inimigos durante toda aventura... Do começo ao fim você vai descer a lenha em muitos arqueiros e guerreiros ossudos.

Mas esquecendo dos esqueletos e colocando os puzzles em destaque, Trine possui vários desafios para os amantes de quebra-cabeça, porem em dificuldade mínima. Pois é, para quem espera um jogo com puzzles de arrancar os cabelos Trine decepciona e acaba caindo um pouco na repetição, com sequencias do tipo “coloque a caixa aqui para abrir abrir ali” ou “quebra aqui, solte uma flecha ali e faça uma ponte aqui” e as vezes nem mesmo o esforço de pensar é necessário, apenas jogue a corda com a Ladra e vá balançado até o final do nível. Inclusive nem a muito a necessidade de ficar trocando de personagens se você não quiser, quase sempre da para passar com um só, não há um trabalho realmente em equipe. Apesar desses problemas com os puzzles, nada é muito grave a ponto de estragar o jogo, é necessário levar em consideração que este é um jogo que também é jogado por crianças.

Se por um lado os puzzles são fáceis, por outro não se pode-se dizer o mesmo dos esqueletos. Na maior dificuldade do jogo eles se mostram o obstáculo mais chato de todos, em grande número eles vão levar o seu personagem preferido a morte várias vezes, mas por sorte sempre tem um checkpoint por perto que revive e recupera uma parcela de sua energia sempre que passar por ele.

Ah, e não podemos esquecer do multiplayer cooperativo de Trine. Com certeza este é um dos pontos mais fortes do jogo, onde o trabalho em equipe é o que conta. Diferente do modo single player, no modo cooperativo você se obriga um pouco mais a fazer os puzzles para ajudar seus amigos a não ficar travado, pois cada um deles possui habilidade únicas e que serão necessários mais cedo ou mais tarde. O Pontius por exemplo é o guerreiro, então a função de descer a lenha nos mortos vivos é dele, enquanto Zoya tem a habilidade de chegar nos pontos mais longes com sua corda ou acertar inimigos de longe com seu arco. O mago tem o poder de conjurar objetos, na verdade ele só pode conjurar caixas e pontes, mas estes são itens necessários em vários momentos, além de mover objetos também.

O coop de Trine é ótimo, se você tem o jogo é quase que uma obrigação reunir alguns amigos e jogar, isso aumenta muito o fator replay do jogo. Infelizmente a versão original só conta com o multiplayer local, mas ao lançar o Enchanted Edition, felizmente, adicionaram a modalidade de jogo cooperativo online, então se você não pode ter seus amigos ao lado para jogar pode contar com a opção online.


ÁUDIO

Trine possui uma boa trilha sonora, não tão épica quanto a do segundo jogo (A qual fiz questão de comprar a OST completa), mas relaxante e gostosa de se ouvir combinando perfeitamente com estilo narrativo e com as situações que você passa. A voz dos personagens ficaram boas e corresponde com suas respectivas personalidades, inclusive a do narrador que conta muito bem a história. Em termos de qualidade os desenvolvedores sabiam muito bem o que estavam fazendo, as vezes da vontade de ficar parado apenas escutando a música e relaxando, certamente um ótimo trabalho.


VISUAL

Antes da atualização para o "Enchated Edition" o Trine (antigo, o original) já era uma beleza, contando com cenários lindos, bem coloridos e com uma perspetiva 2.5D em plataforma magnifica. Tudo é muito bem polido e as movimentações não são travadas, como é de praxe em vários jogos indies.

O Enchanted Edition é o mesmo Trine de sempre, não tem nada adicional nesta versão, mas ele conta com os gráficos renovados e com e a mesma engine do Trine 2, que da uma bela polida no cenário. Em termos de qualidade tanto da versão antiga quanto a nova, pode ter certeza que Trine ainda deixa muitos jogos famosos no chinelo, então se você esta olhando as screenshot aqui e esta pensando "Nossa, será que esse jogo é bonito assim mesmo?", SIM, este jogo é bonito assim mesmo, pode ter certeza!

Você certamente vai precisar de uma placa de vídeo um pouco acima do mínimo para aproveitar o máximo desse jogo, não é qualquer IGP ou Geforce 610 que vai rodar o Enchanted Edition em todo seu explendor, mas não se preocupem, como podem notar nas comparações acima, as maiores diferenças entre as duas versões ficam nos efeitos de iluminação e alguns modelos 3D e texturas um pouco melhores, então você podera curtir Trine tranquilamente em sua versão original se seu computador não tiver uma placa de vídeo tão boa assim, um processador Dual Core com uma IGP Intel HD Graphics 2000 e 4GB de RAM já é o suficiente para este jogo.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trine é aquele típico jogo que você vê, mas não deposita muita fé a primeira vista. Da época em que ouvi falar desse jogo, eu só fui jogar e terminar ele em meados de 2014. Podem apostar, Trine vale cada centavo!


AVALIAÇÃO FINAL
  • História: 4
  • Gameplay: 4
  • Áudio: 4
  • Gráficos: 4

Obs.: Pontuação minima de 0 e maxima de 5.
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